Na véspera do Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, judeus de Brasil, Austrália, Israel e Turquia divulgaram nesta sexta-feira (28/11) uma carta de apoio à iniciativa de 660 israelenses, que pedem a parlamentares da União Europeia atuarem em favor do reconhecimento do Estado Palestino pelos membros do bloco.
Formado por lideranças de vários grupos juvenis e dezenas de intelectuais, artistas e profissionais liberais, o movimento representa também uma resposta às ações do governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com provocações aos palestinos na questão de acesso aos lugares sagrados e na ocupação de territórios palestinos.
Patrícia Dichtchekenian/Opera Mundi
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Além disso, critica-se também um recente projeto de lei submetido ao Knesset (Parlamento israelense), que tem o intuito de instituir a discriminação oficial a não judeus, por meio da definição jurídica de Israel como um 'Estado judaico'.
“Esse nosso movimento vem crescendo de quatro anos para cá, agregando pessoas que estão afastadas da comunidade judaica, mas que fazem parte de diversos setores da sociedade”, explica a Opera Mundi o militante sindical Sérgio Storch, um dos organizadores da mobilização. “Trata-se de uma articulação internacional que pressiona o governo israelense de fora para dentro”, completa.
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A carta de apoio faz parte de uma das mobilizações da rede JuProg (Rede Brasileira de Judeus Progressistas) para sábado (29/11), Dia Internacional da Solidariedade com o Povo Palestino. Trata-se de uma data comemorativa instituída pelas ONU (Organização das Nações Unidas) para lembrar o aniversário da Resolução 181, que apresentava o plano do órgão para a partilha da Palestina, em 1947.
“Essa foi nossa maneira particular de expressar solidariedade com o povo palestino por parte de israelenses e de judeus no Brasil. Não queríamos uma linguagem agressiva ao sionismo e aos judeus”, comentou Storch.
A carta aberta (com versão em inglês para ser utilizada em Israel e outros países) pode ser lida aqui
Efe
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