O norte-americano Robert Levinson, agente aposentado do FBI, que desapareceu no Irã, em 2007, estava no país a serviço da CIA (agência de inteligência norte-americana). A informação é do jornal Washington Post e da agência Associated Press, que publicou a notícia, nesta sexta-feira (13/12), alegando que, em ocasiões anteriores, foi proibida de divulgar a informação porque a investigação sobre o paradeiro do norte-americano ainda estava em curso.
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Levinson viajou para a ilha de Kish, no Irã, em março de 2007, para investigar casos de corrupção no governo e o programa nuclear do país. Até agora, a versão oficial do governo era de que Levinson estava no Irã em uma viagem de negócios.
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Presidente Barack Obama em reunião com Christine Levinson, esposa de Robert, em março de 2012
Mas, meses após o sequestro do norte-americano, e-mails e outros documentos internos da CIA sugeriam que ele estava no Irã a serviço da agência. Uma investigação interna foi feita para apurar o caso. Fontes da CIA relataram ao jornal Washington Post que o episódio teve grande repercussão na agência, com pelo menos dez empregados, incluindo três analistas veteranos, afastados após o início das investigações.
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Depois de assumir a responsabilidade pelo caso, a CIA pagou uma indenização de 2,5 milhões de dólares para a esposa de Levinson, Christine Levinson, que também trabalhou na agência de espionagem. A família ainda recebeu 120 mil dólares pela renovação do contrato do norte-americano, que estava para ser renovado quando ele partiu para o Irã.
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A última evidência de que Levinson estivesse vivo foi uma foto enviada à família em abril de 2011, onde ele segurava uma placa com os dizeres “quarto ano…vocês não podem ou não querem?…”. Até hoje, a CIA não tem pistas do paradeiro do norte-americano e não sabe informar se existe a chance dele estar vivo.
A NSA (Agência Nacional de Segurança, da sigla em inglês) se recusou a comentar o caso.