Um navio da República de Moldávia parte nesta sexta-feira (9/7) do porto de Lavrion, na Grécia, com destino a Faixa de Gaza, levando duas toneladas de alimentos e remédios, segundo informações da agência Efe de notícias.
A embarcação, denominada Amalthia – que em português significa esperança – será a primeira desta origem que tentará furar o bloqueio imposto por Israel à região. De acordo com fontes portuárias e diplomáticas de Atenas, o carregamento começou a ser feito no dia 5 de julho com os bens comprados pela Fundação Kadafi para o Desenvolvimento – sediada na Líbia – destinado ao território palestino.
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A medida faz parte de uma série de iniciativas internacionais após o ataque israelense a um comboio humanitário turco, em maio, que navegava por águas internacionais. A ofensiva causou a morte de nove ativistas turcos e causou polêmica internacional. Desde então, libaneses e iranianos se organizam para enviar novas ajudas ao povo palestino. No dia 26 de junho, porém, o governo iraniano desistiu de enviá-las por vias marítimas, já que Israel enviou uma carta às Nações Unidas alertando que a presença de embarcações iranianas e libaneses na zona de Gaza seria considerada uma declaração de guerra.
“Para privar o regime sionista de qualquer desculpa, a ajuda coletada para o povo oprimido de Gaza será entregue por outros meios sem a menção do nome do Irã”, declarou, na ocasião, Hossein Sheikholeslam, secretário geral da Conferência Internacional de Apoio à Intifada Palestina.
Já o governo do Líbano não voltou atrás na decisão e continua com os preparativos para o envio de navios. Entretanto, nenhum deles tem data para chegar a Gaza e ambos aguardam autorização do governo para sair para outros portos, como o de Chipre, já que não permite o deslocamento de navios para os portos sob controle israelenses devido ao estado permanente de guerra que Israel e Líbano se encontram.
Diante da mobilização, o governo de Israel informou por meio do ministro da Defesa após uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-monn, em meados de junho, que usará “todos os meios necessários” para parar os comboios de ajuda que insistam em adentrar a faixa e disse que situações de “violência” podem vir a acontecer.
Segundo a agência Efe, fontes vindas do navio Amalthia disseram que estão cientes das ameaças de Israel e de suas “políticas específicas sobre o assunto”. Mesmo assim “o navio deve partir ainda nesta sexta-feira (9/07), já que trata-se de uma missão humanitária” disse o representante da embaixada da Líbia, Mohammed Hafiz, país que sedia a organização da embarcação.
Em comunicado, a Fundação Kadafi para o Desenvolvimento, disse que o navio transportará “pessoas que desejam exprimir a sua solidariedade com o povo palestino”, Recentemente, Israel cedeu as pressões internacionais e aliviou o bloqueio a região, permitindo a entrada de apenas alguns produtos até então proibidos, mas esta decisão não facilitou a entrada de navios na região.
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