Ao menos 31 pessoas morreram nos incêndios que afetam o centro e o norte de Portugal desde este domingo (15/10), segundo a última contagem atualizada nesta segunda (16/10). O fogo atinge, também, a região espanhola da Galícia, onde pelo menos quatro morreram.
A porta-voz da Autoridade Nacional de Proteção Civil de Portugal, Patrícia Gaspar, informou em entrevista coletiva de imprensa que o fogo também deixou 51 pessoas feridas, 15 delas em estado grave. Os dados, segundo ela, não são definitivos, já que a Autoridade Nacional de Proteção Civil ainda não dispõe de todas as informações, pois há lugares aos quais as autoridades ainda não tiveram acesso.
As mortes foram registradas nos distritos de Coimbra, Guarda, Castelo Branco e Viseu, todos no centro do Portugal, que, junto com o norte, concentrou a maior parte dos mais de 500 focos de incêndio no país. Segundo Gaspar, o número de focos ativos chega a 145 em todo o país.
Neste momento, mais de 4.000 bombeiros tentam apagar o fogo em Portugal com o apoio de 1.289 veículos terrestres e mais de 200 militares, que se esforçam para proteger várias aldeias que ainda estão em risco.
As autoridades portuguesas mantêm o alerta vermelho para o risco de incêndio em todo o país até o fim do dia, momento para o qual as previsões meteorológicas indicam uma queda mais acentuada das temperaturas, o que poderia facilitar a luta contra o fogo.
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Agência Efe
Homem tenta apagar fogo em Adiça, região ao norte de Portugal
Esta nova onda de incêndios acontece quatro meses depois da tragédia que atingiu a localidade de Pedrógão Grande, no centro do país, onde as chamas provocaram a morte de 64 pessoas e deixaram mais de 250 feridas.
Galícia
Na Espanha, milhares de hectares foram destruídos desde a última sexta e o fogo foi agravado pelo forte vento e as altas temperaturas.
O presidente regional, Alberto Núñez Feijóo, disse que os incêndios foram provocados de propósito, no que chamou de “terrorismo incendiário”.
Os serviços de emergência atenderam oito pessoas por queimaduras, das quais três continuam hospitalizadas, enquanto várias sofreram problemas respiratórios por inalar a fumaça. Cerca de 400 habitantes das zonas rurais de Vigo tiveram que ser desalojados de suas moradias, embora a maioria já tenha conseguido voltar para casa.
Neste momento, há 105 focos de incêndio ativos no local, dos quais 38 estão sob controle, enquanto ainda existe risco para as pessoas em casas em 15 zonas.
Nas Astúrias, comunidade autônoma limítrofe com a Galícia, foram registrados 35 incêndios nas últimas horas, e a nuvem de fumaça e cinzas causadas pelo fogo das duas regiões já chegou à Cantábria, no norte da Espanha.