Park Geun-Hye se tornou a primeira mulher a assumir a residência da Coreia do Sul nesta segunda-feira (25/02), prometendo dureza nas relações com a vizinha Coreia do Norte e exigindo que o governo de Pyongyang “abandone suas ambições nucleares sem demora”.
“O recente teste nuclear da Coreia do Norte é um desafio para a sobrevivência e para o futuro do povo coreano, e não deve haver nenhuma dúvida de que a maior vítima será a própria Coreia do Norte”, disse. Ao tomar posse menos de duas semanas após a Coreia do Norte realizar seu terceiro teste nuclear, Park ela pediu aos vizinhos que voltem a integrar a comunidade internacional.
Agência Efe (25/02/13)
Nova presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye participa da cerimônia de posse
Como líder da quarta economia da Ásia, a filha do falecido ditador militar Park Chung-Hee, Park, de 61 anos, deverá enfrentar um cenário interno de desaceleração econômica, alto custo de vida e rápido envelhecimento da população.
“Não tolerarei nenhuma ação que ameace as vidas de nosso povo e a segurança de nossa nação”, disse Park, enquanto prometeu buscar a política de construção de confiança com Pyongyang levantada por ela durante a campanha. “Avançarei passo a passo com base em elementos de dissuasão”, acrescentou.
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Não houve reação imediata de Pyongyang ao discurso da nova presidente, mas um editorial publicado nesta segunda-feira (25/02) no jornal do partido dos trabalhadores Rodong Sinmun enviava uma mensagem clara a Park para evitar as políticas de confrontação aplicadas por seu antecessor Lee Myung-Bak. “As relações intercoreanas se tornaram tão tensas que a península Coreana é ameaçada com um conflito armado”, alertou o jornal.
Seu discurso foi dedicado principalmente à economia. A nova chefe de Estado prometeu uma “democratização econômica”, criação de empregos e extensão das ajudas sociais. Ao se referir ao milagre econômico da Coreia após a guerra, Park afirmou que seu governo construirá uma economia criativa para além dos setores manufatureiro e industrial, cimentos da riqueza nacional.
“No coração da economia criativa encontram-se a ciência, a tecnologia e a tecnologia da informação, setores que apontei como prioritários”, afirmou.
Park Chun-Hee dirigiu o país com mão de ferro até ser assassinado em 1979, e seu legado continua dividindo a nação: para alguns, foi o artífice do milagre econômico sul-coreano após a Guerra da Coreia (1950-1953), enquanto para outros foi um implacável censor das liberdades públicas.
A cerimônia de posse desta segunda-feira, que durou duas horas e meia, foi precedida por um show do rapper sul-coreano Psy, que apresentou o hit “Gangnam Style”.