Pelo menos três fortes explosões, além de tiroteios, foram ouvidos nesta segunda-feira (23/09) no shopping center Westgate, em Nairóbi, capital do Quênia, tomado desde sábado pela organização armada somali Al Shabab, afirmam testemunhas ouvidas por agências de notícias internacionais.
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Uma grande coluna de fumaça preta foi vista saindo do centro comercial, onde a milícia armado ainda detém um grupo de reféns. Segundo o ministro queniano do Interior, Ole Lenko, a fumaça que se ergue do shopping é provocada pelos guerrilheiros, que estariam queimando objetos.
Agência Efe
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Nos arredores do local, era possível perceber também um agitado movimento de soldados fortemente armados que pareciam tomar posições, assim como a circulação de um veículo militar blindado.
O episódio já resultou na morte de 69 pessoas, além de outras 63 desaparecidas, segundo a Cruz Vermelha – o governo queniano fala em 59 mortos. Calcula-se que o número de hospitalizados em razão do ataque tenha ultrapassado o de 175.
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O Al Shabab assumiu a autoria do ataque, o justificando como uma represália pela presença de tropas quenianas na missão da ONU na Somália. Fontes da milícia disseram à emissora norte-americana CNN que três membros da organização que participaram da ação viveram nos EUA, nos estados de Minnesota e Missouri, locais onde há grande número de imigrantes do Chifre da África. O governo queniano ainda não confirma a autoria do Al Shabab, afirmando que a responsabilidade pelo ataque ainda está em aberto.
Segundo Ole Lenko, o tiroteio de sábado começou no supermercado Nakumat, dentro do shopping. Todos os terroristas eram homens, apesar de que alguns estavam vestidos como mulheres. Eles eram de “várias nacionalidades”.
O governo queniano ainda não confirma a autoria do Al Shabab, afirmando que a responsabilidade pelo ataque está em aberto.
O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, declarou que seu sobrinho e a noiva dele estão entre os mortos. “Eu mesmo perdi membros da minha família no ataque”, afirmou em um discurso dirigido à nação, prometendo punir os responsáveis pelo ataque.
O inspetor geral da polícia queniana, David Kimaiyo, afirmou através de sua conta oficial na rede social Twitter que as forças de segurança tinham conseguido “resgatar mais reféns durante a noite”. “Restam poucos no interior. E também estamos nos aproximando dos terroristas”, assegurou o policial.
(*) com agências de notícias internacionais