O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, ordenou nesta quinta-feira (29/05) uma ofensiva militar “em grande escala” para acabar com o grupo islâmico Boko Haram que no dia 14 de abril sequestrou mais de 230 meninas. Fontes locais informaram que um novo atentado do grupo realizado hoje vitimou 35 pessoas.
Agência Efe
Diversas pessoas participam de manifestação em Abuya, na Nigéria, para lembrar caso das meninas sequestradas
Em seu discurso à nação por causa do Dia da Democracia na Nigéria, o presidente prometeu uma “guerra total” contra o terrorismo e descartou a negociação como via para alcançar a paz.
“Estou decidido a proteger nossa democracia, nossa união nacional e nossa a estabilidade política; a travar uma guerra total contra o terrorismo. A proteção de vidas não é negociável”, afirmou o presidente.
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Jonathan afirmou que autorizou as forças de segurança a usar “todos os veículos de imprensa necessários” para cumprir esse objetivo e livrar o país de seus “pistoleiros”, apesar de não ter dado detalhes da ofensiva.
O recente ataque do Boko Haram foi realizado hoje nos vilarejos de Gumushi, Amuda e Arbokko, no estado de Borno, um dos principais locais de atuação do grupo.
Jovens sequestradas
Em relação às meninas sequestradas na cidade de Chibok, que estão há 45 dias em paradeiro desconhecido, Jonathan assegurou que compartilha “a profunda dor e a ansiedade” de seus pais e tutores, a que prometeu seguir fazendo “todo o possível” para resgatá-las.
O líder do Boko Haram chegou a sugerir, no início do mês, que trocaria as garotas por integrantes do grupo presos pela polícia nigeriana, mas o governo descartou a hipótese.
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Fontes do governo de Chibok informaram hoje que o grupo islâmico libertou quatro garotas, mas outras fontes apontaram que foram as meninas que conseguiram escapar. Com elas, já são 57 as que conseguiram fugir o cativeiro, mas as autoridades locais calculam que ainda há 219 detidas.
Na segunda-feira (26/05), o exército da Nigéria afirmou que havia localizado as jovens, mas que não podia revelar seu paradeiro por motivos de segurança nem usar a força para libertá-las.
(*) com informações da Agência Efe