* Atualizada às 19h17
Após ter iniciado os bombardeios aéreos no Iraque, o presidente dos EUA, Barack Obama, alertou neste sábado (09/08) que a intervenção militar no território iraquiano “vai levar algum tempo” até consiguir conter os avanços do grupo extremista sunita do EI (Estado Islâmico). Embora tenha dito, há dois dias, que não permitira que os EUA “fossem arrastados para lutar outra guerra”, Obama afirmou hoje que a ação norte-americana será um “projeto de longo prazo”.
“Não acredito que vamos resolver esse problema em algumas semanas”, disse o presidente, em uma breve conferência de imprensa, antes de deixar a Casa Branca por um período de férias de duas semanas.
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Agência Efe
Obama se reúne com seus conselheiros de segurança nacional antes de ordenar os bombardeios no Iraque
Obama afirmou ainda que o progresso da operação dependeria dos esforços dos iraquianos em formar um governo de união, incluindo sunitas, xiitas e curdos. Segundo o chefe de Estado, a operação das Forças Armadas norte-americana tem por objetivo impedir que o grupo extremista islâmico construa um “santuário” no Iraque.
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“Em última instância, não vai haver uma solução militar norte-americana para este problema, terá que ser uma solução iraquiana”, apontou Obama, que recebeu hoje o apoio de seu colega francês, François Hollande, “contra as ações ignóbeis do grupo terrorista EI”.
Embora não tenha detalhado em termos específicos como seria seu apoio à ação militar norte-americana, o governo francês já está atuando no Iraque. Ainda hoje, enviou equipamentos de primeiros-socorros ao norte do país e pediu um governo de união no Iraque.
Ofensiva curda
Também hoje, teve início uma ofensiva das forças curdas (“peshmergas”) para recuperar os territórios tomados pelos extremistas do EI, nas cercanias da cidade de Mossul, no norte do Iraque.
Ao longo da manhã, as forças curdas — equipadas com armas pesadas — lançaram vários ataques contra diferentes fortificações jihadistas, o que, segundo o general, provocou dezenas de vítimas.
Obama também disse hoje que os bombardeios aéreos realizados pelos EUA — a primeira intervenção militar norte-americana no país desde que as tropas deixaram o Iraque, há três anos — foram responsáveis por destruir parte dos equipamentos e dos armamentos do EI.
(*) Com informações da Agência Efe