O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou novas medidas para reduzir o tempo de espera nos aeroportos do país, com o objetivo de “melhorar a experiência” de quem visita o país e avançar na meta de receber 100 milhões de turistas internacionais ao ano em 2021.
Do Salão da Fama do Beisebol em Cooperstown, em Nova York, um destino turístico para os fãs do esporte, entre eles o próprio Obama, foi anunciada na quinta-feira (23/05) uma série de ações executivas para transformar os EUA no principal destino do turismo mundial e aumentar a receita derivada dessa atividade.
“O turismo se traduz em empregos e isso por sua vez em crescimento econômico”, resumiu Obama. “E nós temos um grande produto (turístico) para vender”, acrescentou.
Agência Efe
Obama discursou ontem no Salão da Fama do Beisebol em Nova York e anunciou as novas medidas na área de turismo e aviação
Os Estados Unidos são, atrás da França, o segundo destino turístico mundial em chegada de viajantes, segundo dados da OMT (Organização Mundial do Turismo), com 70 milhões de turistas internacionais em 2013 que geraram US$ 1,5 bilhão em atividade econômica, de acordo com a Casa Branca.
“Nenhum país na Terra ganha mais dinheiro com o turismo internacional que nós”, garantiu o presidente, que em 2012 estabeleceu o objetivo de ampliar para 100 milhões o número de visitantes anuais até 2021.
Obama reconheceu que os rigorosos controles de imigração podem representar um obstáculo a essa meta, o que o governo já começou a flexibilizar com medidas como a redução dos tempos de espera para conseguir um visto no Brasil e na China, dois dos países com mais demanda de viagem para os EUA.
Agilizar a entrada nos EUA
Ontem Obama assinou uma ordem para acelerar o processo de entrada dos viajantes nos 15 maiores aeroportos do país, tomando como modelo os aeroportos de Dallas Fort Worth (Texas) e Chicago Ou'Hare (Illinois), que já reduziram o tempo de espera nos controles de imigração para 15 minutos em média.
“Se as pessoas ficam menos tempo no aeroporto, é mais provável que queiram voltar para uma segunda visita. E quando voltarem para casa, dirão aos amigos: nos Estados Unidos fomos bem-vindos”, argumentou o presidente.
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A Casa Branca não identificou os 15 aeroportos em que a medida valerá, apesar de alguns dos mais movimentados do país serem o John F. Kennedy de Nova York (JFK), o internacional de Los Angeles (LAX), o de Atlanta (ATL), o da Philadelphia (PHL) e o de San Francisco (SFO), de acordo com a FAA (Administração Federal de Aviação).
Para colocá-lo em andamento, Obama ordenou o desenvolvimento nacional para a redução das filas de imigração, que ficará a cargo do secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, e do de Comércio, Penny Pritzker, em coordenação com várias agências e com a indústria.
Obama também anunciou um plano do Departamento de Segurança Nacional para aumentar o uso da tecnologia nos controles de imigração através, por exemplo, de quiosques de escaneamento automático de passaportes.
Esse tipo de quiosques já é usado em 15 aeroportos do país para facilitar a entrada de cidadãos americanos e canadenses, e reduzem quase à metade o tempo de interação com o funcionário de imigração, segundo um relatório publicado ontem pela Casa Branca.
Obama lançou uma nova estratégia coordenada entre os departamentos de Comércio, Estado, Segurança Nacional, Agricultura, Transporte e Interior para promover o turismo nos EUA em dez mercados internacionais, que a Casa Branca não identificou.
“No início deste ano lançamos um programa piloto no Reino Unido (com uma estratégia coordenada entre as diferentes agências), e nos baseando no sucesso deste programa, ampliaremos essa iniciativa a outros países”, explicaram a Efe fontes da Casa Branca.
Em 2013, os países que mais turistas escolheram os Estados Unidos como destino são, por ordem, Canadá, México, Reino Unido, Japão, Brasil, Alemanha, China, França, Coreia do Sul e Austrália, segundo dados do Departamento de Comércio.