A iraniana Sakineh Ashtiani foi libertada nesta quinta-feira (9/12). A notícia foi dada por Mina Ahadi da Comissão Internacional contra a Pena de Morte e o Apedrejamento, em declaração à imprensa. Sakineh havia recebido a sentença de morte por apedrejamento, sob acusação de adultério e participação na morte de seu marido.
As condições e a data da libertação ainda não foram esclarecidas. Ahadi disse que o filho, Sajjad Ghaderzadeh, e o advogado de Sakineh, Hotan Kian, e mais dois jornalistas alemães, que estavam presos, também foram soltos.
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Logo após o anúncio da ONG, a televisão estatal TV Press iraniana transmitiu um trecho prévio de um programa especial que será veiculada nesta sexta-feira sobre Sakineh.
Efe
Foto cedida pela emissora iraniana Press TV mostra Sakineh conversando com o filho no dia 4 de dezembro deste ano
O governo do Irã recebeu pressões de diversos países e organizações humanitárias contra a pena escolhida. Ao fazer o anúncio, Mina fez referência ao “importante apoio do presidente Lula e da presidente eleita, Dilma Roussef”. Mesmo com pedidos da comunidade internacional para se afastar da república islâmica, o Brasil tem estabelecido uma relação cada vez mais próxima com o país.
De acordo com a Comissão Internacional contra a pena de Morte e o Apedrejamento, o Irã ainda mantém 21 mulheres e cinco homens condenados à morte por apedrejamento. Esse tipo de condenação está regulamentada pela lei Sharia, código de leis do islamismo, que entrou em vigor após a Revolução Islâmica, em 1979.
Sakineh, de 43 anos, havia sido condenada em 2006.
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