A ONG Corporação Jurídica Liberdade (CJL) anunciou na noite deste sábado (21/12) que apresentará uma denúncia contra o Estado colombiano pelas agressões do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) cometidas durante os protestos que acontecem há meses contra o pacote de medidas trabalhistas e previdenciárias do presidente Iván Duque.
Yesid Zapata, membro da direção da organização, disse que a CJL acompanha cerca de 100 processos de agressão, dos quais 75 teriam ocorrido desde o dia 21 de novembro, dia em que começaram as manifestações da greve geral na Colômbia.
“Nesses registros temos agressões contra jornalistas, defensores de direitos humanos e manifestantes, onde foi possível identificar agressões físicas, verbais e casos de tortura muito graves que demonstram uma atitude criminosa por parte das autoridades”, disse Zapata em entrevista à emissora Blu Radio.
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Ainda segundo o dirigente, a ONG quer enquadrar a denúncia contra o Estado colombiano em “abuso de autoridade”.
CUT Colombia
CJL acompanha cerca de 100 processos de agressão
Além disso, a CJL também solicitou diversas vezes direitos de petição para conhecer quem são os encarregados de dar ordens aos operativos da Esmad, para realizar denúncias individuais.
As manifestações na Colômbia acontecem há mais de 30 dias e mobilizam sindicatos e entidades em várias cidades do país contra as políticas neoliberais de Iván Duque. Após dias de mobilizações, a pauta dos protestos também se voltou contra a violência da polícia, o assassinato do estudante Dilan Cruz e a postura do governo diante das manifestações.
*Com teleSur