As prisões de Israel abrigam mais de 300 palestinos detidos de forma arbitrária, que sofrem de forma reiterada diversos tipos de abuso, denunciou nesta terça-feira (21/02) o relator especial das Nações Unidas sobre a Situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, Richard Falk.
“O governo de Israel o classifica como 'prisões administrativas', mas é mais honesto chamá-las de prisões sem acusações ou, diretamente, prisões arbitrárias”, afirmou Falk em comunicado.
“Fui informado de fontes críveis que atualmente há em prisões israelenses cerca de 300 palestinos sem acusações. Pedi informações de cada uma dessas pessoas e pretendo fazer um acompanhamento de cada caso e tratar o tema na sessão do Conselho de Direitos Humanos em junho de 2012”, acrescentou. Estima-se que há cerca de 4,4 mil palestinos nas prisões israelenses.
Falk destacou, além disso, que vários especialistas em prisões lhe informaram que os palestinos são vítimas de abusos físicos, verbais e psicológicos; sofrem falta de acesso a tratamento médico adequado; são sujeitos a confinamento solitário por períodos extensos; vivem em celas superlotadas e precárias; e não podem receber visitas de seus familiares.
“Estou consternado porque, embora essas acusações se repitam há anos, não houve reformas ou mudanças a respeito”, assinalou Falk, que pediu uma ação urgente. “A comunidade internacional deveria dar maior prioridade à constante violação dos direitos dos prisioneiros palestinos”.
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