O secretário-geral da ONU e os presidentes das repúblicas russas da Tchetchênia e da Inguchétia condenaram hoje (29) os atentados no metrô de Moscou, que mataram pelo menos 38 pessoas e feriram 65.
O presidente da Tchetchênia, Ramzan Kadirov, disse que “para salvar as vidas de civis, os criminosos devem ser isolados da sociedade e, se resistirem, é preciso eliminá-los sem piedade”.
Kadirov afirmou que o terrorismo “não escolhe vítimas por motivos nacionais, religiosos ou raciais” e lembrou que a Tchetchênia sofreu com o problema durante anos.
“Milhares de pessoas morreram na Tchetchênia nas mãos dos terroristas. Enfatizamos mais de uma vez que esse mal só pode ser freado com o esforço comum “, disse Kadirov, cujo cargo é como o de um governador de estado, não de um país.
Já o presidente inguche, Yunus-bek Yevkurov, expressou condolências aos parentes dos mortos e ofereceu ajuda. “Os habitantes de nossa região, infelizmente, tiveram de sofrer em mais de uma ocasião as consequências de ataques terroristas”, declarou.
“Neste momento tão duro, o povo inguche os acompanha na dor”, acrescentou Yevkurov.
O presidente ordenou à polícia da Inguchétia que aumente a segurança no transporte público e em lugares movimentados, especialmente mercados, escolas e hospitais. Em junho do ano passado, o próprio Yevkurov foi vítima de um atentado a bomba e ficou gravemente ferido.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon também condenou os atentados e disse confiar que as autoridades russas levarão os responsáveis à Justiça.
“O secretário-geral condena o duplo atentado suicida no metrô de Moscou desta manhã, que causou a trágica perda de muitas vidas inocentes e ferimentos a outras pessoas”, disse em comunicado um porta-voz da ONU.
Ajuda financeira
Oficialmente, o FSB (Serviço Federal de Segurança russo, antiga KGB), atribuiu o ataque a “grupos terroristas” do norte do Cáucaso.
A primeira explosão ocorreu por volta das 8h locais (1h de Brasília) na estação Lubyanka, em frente à sede do FSB. Cerca de 45 minutos depois, houve a segunda explosão na estação Park Kultury, a cerca de 300 metros da sede de vários veículos de comunicação estrangeiros. Segundo o FSB, as detonações teriam sido cometidas por mulheres suicidas.
A prefeitura de Moscou declarou luto oficial. O prefeito, Iúri Lujkov, e o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciaram uma série de medidas para ajudar as famílias das vítimas e os feridos.
O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, adiantou que as famílias dos mortos devem receber no total um milhão de rublos (equivalente a 33,8 mil dólares) e os feridos devem receber quantias menores, dependendo da gravidade do caso.
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