A ONU (Organização das Nações Unidas) reconheceu nesta sexta-feira (16/09) o CNT (Conselho Nacional de Transição) da Líbia como representante do país no órgão. A decisão permitirá a seus integrantes ocupar uma cadeira na câmara da organização.
Com 114 votos a favor, 17 contra e 15 abstenções, a organização deu respaldo à decisão do comitê de credenciais de aprovar o CNT como representante oficial do país norte-africano, apesar de o bloco da UA (União Africana), com apoio da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), ter pedido o adiamento da decisão, o que foi rejeitado.
A decisão permitirá que o presidente do conselho, Mustafa Abdul Jalil fale pela Líbia na abertura da Assembleia Geral da entidade, que terá início na próxima quarta-feira (21/09).
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Nesta semana, o comitê encarregado de entregar as credenciais diplomáticas já havia aprovado o reconhecimento dos rebeldes. Mas os países da Alba mostraram seu descontentamento com a medida por considerarem que o assento da Líbia não deveria ser ocupado “por uma facção ou uma autoridade de transição ilegítima imposta por uma intervenção estrangeira”, como disse o embaixador venezuelano, Jorge Valero.
A essa votação uniu-se nesta sexta um pedido da UA para que a decisão fosse adiada, proposta que recebeu apoio dos membros da Alba e, por isso, precisou ser votada pela Assembleia, que a reprovou por 107 votos a 22.
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Com essa rejeição, ficou livre para a Assembleia o caminho para reconhecer o CNT, cujos representantes têm agora as portas abertas para participar, em nome da Líbia, dos debates públicos do 66º período de sessões da organização, que será aberto formalmente na próxima semana.
Entre os países que votaram contra o reconhecimento do CNT estão Angola, República Democrática do Congo e África do Sul, além dos representantes dos países da Alba, como Cuba, Venezuela e Nicarágua.
A favor do reconhecimento do CNT se pronunciou, entre outros diplomatas, o representante do Egito, Maged Abdelaziz. Segundo ele, “as diferentes interpretações sobre a intervenção militar na Líbia para apoiar o CNT não deveriam ir contra a legitimidade do povo líbio, que segue apoiando o Conselho”.
“Chegou o momento da verdade, no qual deve ser respeitada a vontade do povo líbio”, afirmou o diplomata egípcio, que respaldou assim o reconhecimento outorgado pelo comitê de credenciais e encorajou os demais países a fazer o mesmo.
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