Opositores do governo tailandês bloquearam, nesta quarta-feira (11/12), o Ministério do Interior do país, em Bangcoc, após deixarem o prédio das Finanças, ocupado desde o dia 25 de novembro.
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Segundo informações da imprensa local, o objetivo dos manifestantes é exercer maior pressão sobre a atual primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, pois o departamento controla 76 províncias do país.
Agência Efe
Milhares de manifestantes da oposição se reúnem nas ruas de Bancoc e em frente aos órgãos governamentais tailandeses
Os protestos antigovernamentais se acentuaram após Shinawatra anunciar a dissolução do Parlamento do país e convocar eleições antecipadas para o dia 2 de fevereiro, nesta segunda-feira (09), em resposta à perda de apoio político tanto do Partido Democrata, quanto da população tailandesa.
As autoridades pediram que os manifestantes, liderados pelo ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, voltem para suas casas e participem das eleições gerais. No entanto, Suthep se nega a dissolver os protestos e mantém sua “cruzada” contra o “regime de Thaksin”, ressaltando que o atual governo é inconstitucional.
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Thaksin Shinawatra, irmão mais velho da primeira-ministra, governou a Tailândia de 2001 até 2006, quando um golpe militar o derrubou do cargo, após este receber acusações de corrupção, nepotismo e de solapar as instituições do Estado. Desde então, os seguidores e opositores de Thaksin protestam.
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“Necessitamos de um novo sistema com pessoas que não se deixem corromper”, afirmou Naruemon, manifestante procedente da província de Ubon Ratchathani (nordeste). Os opositores acusam Yingluck de amparar a corrupção e governar a favor de seu irmão desde 2011, quando entrou para a política.
A principal reivindicação dos opositores é a invocação do artigo sete da Constituição, para que o rei da Tailândia, o octogenário Bhumibol Adulyadej, designe o próximo chefe do governo sem passar pelas urnas. Eles denunciam que o atual modelo de eleições está viciado pela compra de votos.
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“Não apoiamos a violência, os manifestantes não querem machucar ninguém, só ocupar os edifícios públicos. É preciso pôr fim a toda a corrupção deste governo”, declarou Naruemon Workman, manifestante do coletivo Santi Asok.
Thaksin e sua irmã contam com grande respaldo entre as classes baixas e as áreas rurais do nordeste, enquanto grande parte de seus opositores procedem das classes médias e altas urbanas e de setores próximos ao exército e da monarquia, assim como das províncias sulistas.