Paleontólogos da Universidade Nacional da Austrália encontraram, nesta segunda-feira (09/11), fósseis de oito espécies diferentes de ratos “gigantes”, no Timor Leste, sudeste da Ásia. Seis delas são totalmente novas para a ciência.
Stuart Hay/ Australian National University
Julien Louys, chefe da equipe de paleontólogos, compara a garra de um rato gigante (à esq) e a de um rato comum
“O maior deles deveria pesar uns 5kg e era dez vezes maior que um rato moderno – que pesa meio quilo – , ou seja, do tamanho de um pequeno cachorro”, disse em declaração oficial, Julien Louys, chefe da equipe de paleontólogos. Segundo ele, os ratos fazem parte do que é chamado de megafauna e são os maiores ratos a terem existido.
Os fósseis datam de 43.300 a 44.700 anos atrás. Nesse período os ancestrais do homem moderno já habitavam a ilha e, ao que tudo indica, conviveram com os ratos gigantes durante centenas de anos. Assim, os pesquisadores estão tentando determinar não só o que causou a extinção destes ratos, mas se o homem contribuiu para esse acontecimento.
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“Nós sabemos que eles [os homens] comiam os ratos gigantes porque encontramos ossos com marcas de corte e queimaduras”, revelou Louys.
“O engraçado é que eles coexistiram durante quase mil anos. Acreditamos que eles tenham sido extintos quando as ferramentas de metal começaram a ser introduzidas no Timor Leste e as pessoas podiam caçar numa escala muito maior”, completou.