Uma ação realizada por um palestino nesta quarta-feira (21/01) em um ônibus em Tel Aviv deixou nove pessoas feridas, com diferentes níveis de gravidade. Portando uma faca, o jovem, identificado como Hamza Mohammed Hassan Matruk, de 23 anos, atacou vários passageiros em um ônibus público, deixando pelo menos três pessoas em estado grave. O líder do movimento islamita Hamas Izzat al-Risheq disse que tal ação é uma “reação natural ao terrorismo israelense”.
Agência Efe
Equipe de saúde atende um dos feridos após ataque
Matruk é proveniente da cidade de Tulkarm, na Cisjordânia ocupada. Após tentar fugir, ele foi atingido na perna pela polícia. O jovem foi preso e será interrogado para, de acordo com o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld, evitar novos ataques.
As investigações realizadas pela polícia israelense indicam que Matruk promoveu o ataque como forma de vingança pela operação militar “Margem Protetora”, que causou a morte de mais de dois mil palestinos e 70 israelenses, 64 deles soldados.
Este foi o primeiro ataque realizado em Tel Aviv desde novembro, quando houve uma tensão em torno da Esplanada das Mesquitas (conhecida como Monte do Templo para os judeus), onde ocorreram enfrentamentos entre palestinos e autoridades israelenses em Jerusalém.
Reações
Para o líder do Hamas Izzat al-Risheq, tratou-se de uma “uma reação natural ao terrorismo israelense”, como afirmou em seu Twitter. Já Mousa Abu Marzouq, também do Hamas, afirmou que “não há maior terrorismo do que pessoas ocupadas, com terras, liberdade e dignidade roubadas”.
Após as declarações, políticos israelenses responsabilizaram o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, pelo ataque.
NULL
NULL
Até o momento, Abbas não se pronunciou a respeito.
Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que “o ataque terrorista em Tel Aviv é resultado direto da incitação venenosa disseminada pela Autoridade Palestina contra os judeus e seu Estado. Este mesmo terrorismo nos ataca em Paris, Bruxelas e em qualquer parte”.
Por sua vez, o líder da oposição e do partido trabalhista que lidera as pesquisas para as próximas eleições gerais, Isaac Herzog, lamentou o ataque: “lamento que não exista um sentimento de segurança para os cidadãos israelenses, nem em Jerusalém, nem em Gaza nem em Tel Aviv”. E classificou como “inaceitável” a situação de insegurança que impede o uso do transporte público.