Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O Vaticano anunciou nesta quarta-feira (15/05) que o cardeal britânico Keith O'Brien, ex-arcebispo de St. Andrews e Edimburgo e envolvido em escândalos sexuais, passará alguns meses em um período de “renovação espiritual, oração e penitência”.

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A decisão, segundo o comunicado oficial, teria sido tomada pelo papa em conjunto com O’Brien. Não foi revelado o período total nem o destino do “retiro”.

[O cardeal britânico Keith O´Brien durante cerimônia religiosa]

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Em março deste ano, ele deixou o posto de arcebispo após a imprensa ter divulgado, um mês antes, as denúncias de abuso sexual feitas por três sacerdotes e uma quarta pessoa que deixou a Igreja Católica, na época em que estudavam em um seminário nos anos 1980.

Essa quarta pessoa, hoje casada e com filhos, disse que decidiu deixar o sacerdócio quando O’Brien foi nomeado bispo.
 

Escocês Keith O'Brien, arcebispo de Edimburgo, terá de se dedicar a "oração e penitência"

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Em sua carta de renúncia, O’Brien disse que, “às vezes, minha conduta sexual ficou abaixo dos padrões que se esperavam de mim como sacerdote, arcebispo e cardeal”. O então papa Bento XVI aceitou a renúncia, oficialmente “por motivos de idade”.

Ao tomar a decisão, o papa Francisco realiza o desejo divulgado por O’Brien logo após sua admissão de culpa: “Passarei o resto da minha vida em retiro. Não vou desempenhar nenhum papel na vida pública da Igreja Católica da Escócia”, disse ele à época.

O escândalo foi levado a público poucas semanas antes do conclave que elegeu o argentino Jorge Mario Bergoglio como o novo sumo pontífice e precipitou a renúncia de O'Brien que, aos 75 anos, planejava se aposentar após a eleição.

Arcebispo de Edimburgo desde 1985, o cardeal nascido na Irlanda do Norte é presidente da Conferência dos Bispos da Escócia e muito conhecido na mídia britânica por suas declarações contra os homossexuais e em o apoio a uma revisão do celibato, que permitiria sacerdotes católicos de contrair matrimônio.