A Justiça britânica começou o julgamento do caso de uma jovem paquistanesa que alega ter sido mantida como escrava doméstica por mais de 10 anos em uma cidade da região metropolitana de Manchester, no noroeste da Inglaterra. A mulher, cuja idade não é conhecida, embora estimada em torno de 20 anos, teria sido espancada e estuprada repetidas vezes, enquanto vivia trancada no porão de um casal de imigrantes que a trouxe ainda criança do Paquistão.
De acordo com informações do jornal The Guardian, a jovem, que é deficiente auditiva e não fala. teria sido trazida ao Reino Unido em 2000 por Ilyas Ashar e sua esposa Tallat, quando tinha 10 ou 12 anos.
Em depoimento realizado por linguagem de sinais com a ajuda de um intérprete, a mulher disse que o casal a forçava a dormir no chão de concreto. “Eu estava triste e fraca, porque estava trabalhando muito. Eles me batiam o tempo todo por ser tão pequena. Eu cozinhava e limpava por horas e horas”, disse.
Ainda de acordo com o Guardian, a jovem reconheceu fotos dos dois como sendo os responsáveis pelas agressões. O casal, que também é acusado de reivindicar benefícios do Estado em nome da mulher e não repassado a ela, negam as acusações.
A jovem chegou ao Reino Unido com um passaporte que indicava que ela tinha 19 anos. Mas, posteriormente, peritos indicaram ao tribunal que ela deveria ter menos de 12 anos na época.
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