O ex-presidente cubano Fidel Castro afirmou nesta quinta-feira (05/05) que “qualquer que fossem os atos atribuídos a [Osama] Bin Laden, o assassinato de um ser humano desarmado e rodeado por familiares constitui um fato detestável”.
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“Aparentemente foi isso o que fez o governo da nação mais poderosa, que nunca existiu”, escreveu Fidel, em um artigo publicado hoje, sobre a morte do líder da Al Qaeda. Para ele, “assassiná-lo e enviá-lo para as profundidades do mar demonstra temor e insegurança” dos Estados Unidos.
Fidel avalia que a opinião pública norte-americana, “depois da euforia inicial, vai terminar criticando os métodos que, longe de proteger os cidadãos, acabam multiplicando os sentimentos de ódio e vingança contra eles”.
O ex-chefe de Estado da ilha ainda destacou que, no episódio de 11 de setembro de 2001, “nosso povo se solidarizou com o dos Estados Unidos e ofereceu a modesta cooperação que no campo da saúde podíamos conceder às vítimas do brutal atentado às Torres Gêmeas de Nova York”.
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Fidel, no entanto, ressaltou que, depois do ataque, os Estados Unidos lançaram “guerras injustas” no Iraque e no Afeganistão e aplicaram “insofríveis e enlouquecedoras torturas” aos prisioneiros de Guantánamo.
Ontem, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia também se pronunciou a respeito do tema e se mostrou reticente diante da operação que resultou na morte de Bin Laden, pois defende que, mesmo para combater o terrorismo, é preciso que os métodos utilizados estejam baseados “no respeito à soberania e integridade do Estado no qual ocorreram os fatos”.
Ainda na segunda-feira, os governos do Equador, da Venezuela e do Uruguai fizeram declarações nas quais concordavam que a queda do líder da Al Qaeda era um golpe contra o terrorismo, mas alertavam que nenhuma morte deveria ser festejada.
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