O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta quinta-feira (29/08) que a comunidade internacional deve deter a escalada de violência na Síria. Ao mesmo tempo, o Ministério da Defesa da França informou estar “em posição para responder aos pedidos do presidente” com relação a uma intervenção militar no país árabe.
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“Deve ser feito todo o possível para chegar a uma solução política, mas está só será alcançada se a comunidade internacional for capaz de impor o fim da escalada da violência, da qual o massacre químico é um exemplo”, declarou Hollande depois de receber no palácio presidencial o líder da CNFROS (Coalizão Nacional Síria), Ahmad Yarba, principal voz da oposição síria ao governo Bashar al Assad para com as potências ocidentais.
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O presidente francês reiterou que Paris “concederá toda a ajuda, apoio político, mas também ajuda humanitária e material” à oposição síria. No entanto, o presidente não citou um aumento do apoio militar à Coalizão Nacional Síria, como havia mencionado na terça-feira (27).
De prontidão
“Os exércitos franceses se colocaram à disposição para responder aos pedidos do presidente da República com relação” à Síria, declarou em entrevista coletiva o porta-voz do Ministério da Defesa, Pierre Bayle, que não ofereceu mais precisões.
Agência Efe
O presidente francês, François Hollande, e o líder da CNFROS, Ahmad Yarba, se reuniram nesta quinta-feira, em Paris
Segundo a edição digital da revista Le Point, nesta manhã a fragata de combate antiaéreo “Chevalier Paul” saiu do porto da cidade mediterrânea de Toulon, sem que se conheça seu destino./
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Trata-se de “uma das embarcações francesas mais modernas e potentes, que seria extremamente útil se o regime sírio tentasse enviar seus aviões contra as embarcações ocidentais” britânicas e americanas alinhadas frente às costas judiciais sírias, precisou a publicação.
A França, assim como os Estados Unidos e o Reino Unido, responsabiliza o regime de Bashar al Assad pelo ataque da semana passada nos arredores de Damasco, que teria sido realizado com armas químicas e provocado mais de mil mortes.
Antes do encontro, Hollande especificou que a decisão de intervir ou não será tomada nos próximos dias e, em referência velada às dificuldades para mobilizar o Conselho de Segurança da ONU, assegurou que “o direito internacional não pode ser um pretexto para permitir que se façam massacres em massa”.
(*) Com agências de notícias internacionais