Atualizada às 12h27
Em meio às pesquisas que apontavam empate técnico, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, obteve nesta sexta-feira (08/05) uma vitória surpreendente nas eleições gerais do Reino Unido, renovando seu mandato por mais cinco anos. O Partido Conservador, do qual faz parte, conseguiu maioria absoluta de 331 cadeiras no Parlamento britânico, o que permitirá à legenda a possibilidade de governar sozinha, contra todas as previsões pré-eleitorais.
EFE
Além de agradecer eleitores pela vitória, Cameron disse que o bom resultado nacional foi consequência de uma 'campanha positiva'
“Esta é a vitória mais doce de todas”, disse Cameron na sede do partido, segundo a Reuters. “A verdadeira razão para celebrar nesta noite, para se orgulhar e para se animar é que vamos ter a oportunidade de servir novamente ao nosso país”, acrescentou o premiê, que se dirigiu em seguida ao Palácio de Buckingham para ser recebido pela rainha Elizabeth II, que lhe encarregou a formação do novo governo.
Com a derrota, o líder da oposição, Ed Miliband, do Partido Trabalhista, renunciou. “É o momento de outra pessoa assumir a liderança”, afirmou. Ao contrário das previsões dos levantamentos realizados antes do pleito, a legenda opositora deve ficar com 232 assentos das 650 vagas de deputados no Parlamento britânico.
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Na quinta-feira (07/05), cerca de 50 milhões de britânicos compareceram às urnas. A expectativa é que essas eleições gerais poderiam representar uma das votações mais disputadas pelo menos dos últimos 40 anos no Reino Unido, com dificuldades de formação de governo por parte dos dois principais partidos e diversas possibilidades de coalizão com outras legendas.
No entanto, uma das expectativas se cumpriu: como era esperado, o Partido Nacionalista Escocês (SNP) se tornou a terceira força política parlamentar, conseguindo 56 das 59 cadeiras reservadas para a Escócia. Há cinco anos, a legenda obteve apenas 6 assentos no último pleito. Com o resultado, os independentistas escoceses superam no parlamento o Partido Liberal Democrata, cujo líder — Nick Clegg — decidiu renunciar, após sua legenda passar de 56 a 8 deputados.
Além de Miliband e Clegg, outro candidato que também anunciou que deixará o cargo é o polêmico Nigel Farage, do partido de extrema-direita Ukip (Partido pela Independência do Reino Unido), que conseguiu um assento.
A abertura do novo Parlamento do Reino Unido está prevista para 18 de maio. Já no dia 27 deste mês é a data do chamado “Discurso da Rainha”, quando Elizabeth II irá à Câmara dos Lordes para ler o programa de legislação preparado pelo novo governo.