Agência Efe
Manifestantes protestam contra decisão do Tribunal Eleitoral que declarou Peña Nieto vencedor da eleição presidencial
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O grupo de apoio a Obrador apresentou provas de compra de votos, financiamento ilegal de campanha, inequidade nos meios de comunicação e manipulação de distritos eleitorais por Peña Nieto e seus apoiadores.
Segundo eles, cerca de 5 milhões de votos foram comprados, quantidade suficientes para ganhar o pleito de 1º de julho. “Não são milhares de votos, são milhões de votos que foram comprados”, afirmou o candidato derrotado da coalizão, Obrador, em conferência de imprensa no dia 5 de julho.
“As provas apresentadas são secundárias, periféricas e não têm relação com o pedido judicial”, afirmou o juiz Pedro Panagos citado pelo jornal mexicano La Jornada. Outros magistrados confirmaram esta posição e acrescentaram que os indícios “partiram de premissas equivocadas” e “não provam nada”.
Os magistrados argumentaram que muitas das denúncias realizadas pelo Movimento Progressista já haviam sido analisadas pelo IFE (Instituto Federal Eleitoral), que decidiu pela rejeição das provas. De acordo com eles, o tribunal não pode reconsiderar o parecer de outra instituição pública.
Em relação às acusações de aquisição encoberta de publicidade nas emissoras, a corte afirmou que são práticas próprias da liberdade de expressão e que concernem à linha editorial de cada veículo.
Já no que diz respeito às denuncias de financiamento ilegal de campanha e compra de votos, os juízes reiteraram que a coalizão apresentou apenas “indícios”, baseados em conteúdo jornalístico, e não “provas jurídicas”. “Não se observa que os cartões foram entregues a cidadãos, não se demonstra o ativismo político alegado e muito menos que se materializaram atos de compra e coação de votos”, afirma a sentença aprovada.
Assim como fez em 2006, Obrador diz que ignora a decisão e irá recorrer da sentença. Também afirmou que provocará atos de desobediência civil, com protestos e atos públicos. Há seis anos, ele perdeu por menos de um ponto percentual para o atual presidente, Felipe Calderón, em uma votação também marcada por suspeitas de fraude.