O presidente de Israel, Shimon Peres, afirmou neste domingo (20/6), em discurso diante da assembleia da Agência Judaica reunida em Jerusalém, que deslegitimar o Estado judeu significa dar legitimidade a grupos terroristas como Al Qaeda, Hamas e Hisbolá.
Também se referiu ao bloqueio que Israel mantém há quatro anos à Faixa de Gaza, governada de fato desde junho de 2007 pelo movimento islamita Hamas.
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Peres manifestou que seu país levantará o cerco a esse território palestino se seus governantes demonstrarem que estão interessados na paz e em cessar as atividades violentas contra solo israelense.
“Se Gaza estivesse a favor da paz, das negociações, de denunciar o terrorismo, de cessar a construção de túneis, de interromper os lançamentos de foguetes, de deter as tentativas de sequestrar soldados israelenses e liberasse o capturado Gilad Shalit, então não haveria cerco ou bloqueio”, asseverou.
E sustentou que “se Gaza se tornasse pacífica, teria paz e não haveria necessidade de comboios humanitários”.
O chefe do Estado israelense referiu-se aos grupos de navios carregados com ajuda humanitária que pretendem chegar à faixa, como ocorreu no fim do mês passado com o comboio que tentou romper o bloqueio e foi interceptado em alto-mar por comandos militares israelenses, que mataram nove ativistas turcos.
Em sua alocução, Peres ressaltou o que denominou o “compromisso (de Israel) com a paz”, e lembrou que seu país acordou durante as negociações de paz de Oslo a fórmula da solução de dois Estados: “Um Estado palestino junto ao Estado judeu”.
“Sentimos então, assim como o sentimos agora, que o correto é que um povo viva em paz junto ao outro, em lugar de viver um ao lado do outro em um conflito incurável”, argumentou.
Israel se encontra desde março em processo de paz indireto com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) sob a mediação de Washington, nas negociações que por enquanto se mantêm com discrição e não produziram resultados visíveis.
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