Dados de uma pesquisa revelada nesta terça-feira (12/04) apontam que oito entre cada dez mulheres de Brasil, Chile, México e Nicarágua acreditam que o aborto é um problema grave e deveria ser tratado como um assunto de saúde pública em seus respectivos países.
A “1° Pesquisa de Opinião sobre aborto em quatro países da América Latina”, da Flacso (Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais), realizada durante 2009, que levou em conta a opinião de mulheres maiores de 18 anos, residentes de zonas urbanas e rurais, mostrou resultados semelhantes nas populações dos países sondados.
Na Nicarágua, por exemplo, 87,1% das pessoas consultadas consideram o aborto um problema grave. Têm o mesmo julgamento 86,8% da população do Chile, 82,1% do Brasil e 73,8% do México.
Leia mais:
Tabu no Brasil, aborto é menos restrito na maioria dos países
Aborto ilegal é 300 vezes mais perigoso para a mulher que o legal
Aborto: nos EUA, governo Bush deixou marcas que Obama tenta apagar
Gel vaginal reduz em quase 40% a infecção pelo vírus HIV, aponta estudo
Encarceradas por abortar: mexicanas cumprem penas de até 30 anos em Guanajuato
A respeito do questionamento sobre o aborto ser considerado uma questão de saúde pública, 94,4% dos entrevistados concordaram com esta alternativa no Chile, sendo que a mesma porcentagem foi registrada na Nicarágua. A cifra diminui apenas no Brasil (87,8%) e no México (82,1%).
Sobre a decisão de legalizar o aborto, o Brasil registrou uma alta taxa de aprovação, com 72% dos sondados, considerando que esta decisão deve ser submetida a uma votação popular, sendo que este foi o mesmo número obtido na Nicarágua. O Chile registrou 61% de aprovação e o México, um dos países com maior número de católicos no mundo, 57,7%.
Além disso, 83% das pessoas disseram acreditar que não existe um tratamento digno das mulheres que abortam no Brasil, contra 87,7% no Chile, 77,7% no México e 74,1% na Nicarágua.
A sondagem foi feita pessoalmente com os entrevistados e tem um nível de confiança de 95% nos quatro países onde foi realizada.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL