A quantidade de poeira tóxica na localidade de Kolontár é muito alta e, por isso, as autoridades recomendam aos operários que trabalham nas tarefas de proteção e reconstrução que renovem suas máscaras a cada duas horas.
Foi o que comunicou nesta quarta-feira (13/10) e à agência Efe György Töttös, porta-voz da equipe de Defesa Civil que coordena os trabalhos de limpeza das áreas afetadas pelo vazamento tóxico do último dia 4 e também de construção de estruturas que limitem os efeitos de novos vazamentos.
Leia a reportagem feita pelo Opera Mundi em Ajka, cidade próxima a Kolontár
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As boas condições meteorológicas contribuem para que não se danifique ainda mais a represa de onde começou o vazamento de substâncias tóxicas de cor avermelhada. No entanto, essas mesmas condições do tempo fazem também com que o lodo tóxico se transforme em pó e se transfira ao ar.
“Há vários dias não aumentaram as fendas detectadas no muro norte do dique da represa acidentada”, acrescentou Tüttös.
Hoje as autoridades reforçam o dique de contenção que se espera que seja capaz de defender as vilas de Kolontár e Devecser, as mais afetados pela catástrofe da semana passada, caso haja um novo vazamento.
A lama tóxica é um subproduto da produção de alumínio. Ela é obtida
durante a lavagem da bauxita com soda cáustica, afim de liberar o
alumínio contido naquele minério. Contem altas concentrações de óxidos
metálicos, especialmente de óxido de ferro – responsável pela coloração
vermelha da massa. Graças ao seu pH alcalino, a lama tóxica causa
queimaduras ao entrar em contato com a pele e pode causar danos ao
sistema respiratório e digestivo se inalada ou ingerida.
A catástrofe ambiental da semana passada deixou oito mortos e 150 feridos, dos quais cerca de 50 ainda estão hospitalizados. O acidente aconteceu na segunda-feira, quando o depósito da fábrica
que fica na cidade de Ajka, 165 quilômetros a oeste da capital
Budapeste, rompeu-se, espalhando os resíduos. Quatro pessoas morreram e
mais de 160 ficaram feridas. A lama vermelha se espalhou por várias
regiões e, na quinta-feira, chegou ao Rio Danúbio – o segundo mais longo
da Europa e que banha seis países.
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