Dos 11 imigrantes que foram resgatados vivos na quarta-feira (16/10) do naufrágio de uma embarcação perto de Miami (Estados Unidos), seis foram detidos, informaram nesta sexta-feira (18) as autoridades locais. Um dos presos é acusado de tentativa de tráfico humano.
A embarcação de 7,6 metros de comprimento tombou na madrugada de quarta a cerca de 14 quilômetros do litoral de Miami e causou a morte de quatro mulheres, que ficaram presas sob o casco.
Quando a guarda costeira conseguiu dar a volta na embarcação, encontrou os cadáveres das quatro mulheres e um homem “com convulsões” que tinha conseguido sobreviver ao encontrar uma “bolsa de ar”, detalhou à Agência Efe Marilyn Fajardo, porta-voz da instituição.
Na água, junto ao casco da embarcação, foram resgatados com vida 11 náufragos – nove homens e duas mulheres, uma delas adolescente, nenhum dos quais usava colete salva-vidas. Os sobreviventes, de Bahamas, Haiti e Jamaica, foram levados em um barco da Guarda Costeira a alto mar, onde receberam assistência médica e alimentos.
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O convênio migratório assinado entre os Estados Unidos e o Haiti em 1981 estabelece que todo imigrante haitiano sem documentação interceptado pelas autoridades americanas deve ser repatriado, por isso é provável que esse seja o destino final dos resgatados.
A Guarda Costeira de Miami recebeu uma ligação de emergência do condado de Miami-Dade durante a madrugada local (2h de Brasília) alertando sobre o naufrágio. Imediatamente, foram enviadas ao local três embarcações e um helicóptero para os trabalhos de resgate, que já terminaram.
Até 30 de setembro, a Guarda Costeira interceptou em alto-mar um total de 508 imigrantes haitianos e 1.357 cubanos, destacou Fajardo. Desde 1º de outubro, já foram 93 haitianos e 117 cubanos.