Atualizada às 10h40
Depois de o Estado Islâmico (EI) anunciar a captura de dois japoneses nesta terça-feira (20/01), o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, classificou a ameaça como “inaceitável” e exigiu a “libertação imediata” dos reféns que o grupo extremista alega executar, caso o país não pague uma quantia de US$ 200 milhões.
EFE
Abe se encontrou com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbbas, hoje, na cidade de Ramallah, Cisjordânia
“Exijo de maneira contundente que não os machuquem e que os libertem imediatamente”, declarou Abe durante uma entrevista coletiva em Jerusalém, onde se encontra para compromissos políticos no Oriente Médio.
O premiê acrescentou que as autoridades japonesas ainda estão tentando verificar a autenticidade do vídeo divulgado na internet, insistindo que nem Tóquio, nem a comunidade internacional irá ceder ao terrorismo.
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Na gravação divulgada, os sequestrados identificados como Haruna Yukawa e Kenji Goto aparecem ajoelhados e vestidos com o tradicional macacão laranja dos vídeos do EI. Segundo a Associated Press, Yukawa seria um militar de 42 anos sequestrado na Síria em agosto de 2014. Já Goto é um jornalista independente que cobria o conflito na Síria.
De acordo com a organização extremista, governo japonês é acusado de ter doado US$ 200 milhões para combater o Estado Islâmico, em referência ao anúncio feito por Abe no Cairo, no último sábado (17/01). O grupo deu um prazo de 72 horas para que o Japão tome a decisão de pagar a quantia para resgatar os prisioneiros.
Ao ser perguntado se pagaria o resgate para garantir a libertação dos dois reféns, Abe respondeu que dará ” máxima prioridade para salvar vidas e a colher informações com a ajuda de outros países”. Além disso, o premiê justificou que os US$ 200 milhões anunciados três dias atrás seriam destinados para ajuda humanitária aos refugiados na região controlada pelo EI.
From Homeless in Japan to Hostage in Syria—- HARUNA YUKAWA pic.twitter.com/fhBaZrjckE
— زر ولی (@syedammarH) 20 janeiro 2015