O primeiro-ministro grego, George Papandreou, reafirmou nesta segunda-feira (06/06) seu compromisso de manter a Grécia dentro da zona Euro. Entretanto, pela primeira vez considerou a possibilidade de fazer um referendo sobre a aprovação das novas medidas de austeridade econômica.
“Devido às grandes mudanças, estou disposto a fazer um referendo para obter um consenso mais amplo possível”, afirmou Papandreou em comunicado, após uma reunião com seu gabinete de ministros que durou oito horas.
O premiê não especificou quais pontos seriam submetidos a uma possível consulta popular, mas a análise da imprensa grega aponta para reformas estruturais a fim de melhorar a eficácia do Estado.
Leia mais:
Conselho Europeu afirma que evitará ao máximo moratória para Grécia
Da Polônia à Espanha
Mais da metade da dívida espanhola está nas mãos de investidores estrangeiros
Grécia quebrará se não receber a ajuda em junho, diz ministro das Finanças
A Europa em marcha-à-ré
Papandreou tenta superar as resistências crescentes de membros de seu próprio partido às drásticas políticas de austeridade às quais uma parcela significativa da população também se opõe.
O chefe do governo reafirmou que o país vai permanecer na zona do euro “até por razões de segurança nacional”.
O primeiro-ministro atacou os especuladores, já que, segundo declarou, “a reação dos mercados financeiros não tem qualquer relação com os objetivos que alcançamos”, em alusão ao fato de que a Grécia conseguiu reduzir seu déficit em 5,5 pontos percentuais em um ano.
Papandreou fará nesta terça-feira (07/06) duas reuniões importantes com seu grupo parlamentar a fim de obter os votos necessários para a aprovação do novo programa de austeridade no Parlamento, apesar das objeções de alguns deputados de sua formação.
Um grupo de 16 parlamentares do partido governante Pasok, dos 156 que garantem sua maioria absoluta, exigiu explicações antes de votar pelo novo pacote de economia. A aprovação do pacote exige 151 votos.
Espera-se que, na quarta-feira, seja realizada uma reunião com o Conselho Ministerial a fim de aprovar o acordo com a UE e o FMI sobre as novas medidas de austeridade, com a contrapartida de continuar recebendo ajuda estrangeira.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL