O presidente afastado da Catalunha, Carles Puigdemont, foi indiciado pela Procuradoria da Espanha por “rebeldia” e “sedição” por ter declarado a independência da região, anunciou nesta segunda-feira (30/10). Na lista de indiciados, estão o vice-presidente afastado, Oriol Junqueras, e a presidente do Parlamento, Carme Forcadell.
Pouco depois o anúncio do indiciamento, o jornal La Vanguardia informou que Puigdemont viajou para Bruxelas, junto a outros membros do governo destituído. Ele teria viajado à Bélgica para participar de “reuniões”.
No final de semana, no entanto, o ministro belga de Asilo e Migração, Theo Francken, disse que Bruxelas poderia conceder asilo político a Puigdemont caso ele fosse julgado em condições “que disse sejam justas”. Francken foi desautorizado pelo primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel.
NULL
NULL
Intervenção
Forcadell afirmou nesta segunda que o órgão está “dissolvido”, após a aplicação do artigo 155 da Constituição da Espanha na região. Ela não convocou a reunião de hoje e também informou que estão cancelados os encontros com a presidência da região.
A dissolução do parlamento vem após entrar em vigor as medidas previstas pelo artigo 155 da Constituição da Espanha – que, na prática, coloca a Catalunha sob intervenção. O premiê espanhol, Mariano Rajoy, dissolveu o Legislativo e nomeou a vice-premiê Soraya de Santamaría como presidente do governo catalão. Novas eleições foram convocadas para dezembro.
O governo também decretou o fim das delegações diplomáticas abertas pela Generalitat em diversas cidades do mundo, como Nova York e Paris, e destituiu o diretor dos Mossos d'Esquadra, nome da força policial da região.
Chatham House/Flickr CC
Carles Puigdemont foi indiciado por 'rebeldia' e 'sedição'