O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou nesta quarta-feira (04/10) seu homólogo da Colômbia, Iván Duque, a quem acusou de conspiração direta contra as Forças Armadas venezuelanas. Segundo Maduro, o político colombiano “odeia” o país caribenho e age para “prejudicar” o exército.
“[Duque] é um diabo que odeia a Venezuela e está conspirando diariamente contra o nosso país, contra a nossa Força Armada Nacional Bolivariana. Da Colômbia financiam a conspiração para prejudicar a nossa Força Armada”, disse, durante ato político em Caracas.
O mandatário também chamou o poder Executivo do vizinho latino de “perigoso”, acusando o Palácio de Nariño, ainda na gestão do hoje ex-presidente Juan Manuel Santos, de envolvimento no atentado contra ele no dia 4 de agosto. “O governo satélite da Colômbia é perigoso porque combina ódio com inexperiência”, afirmou
Como havia feito desde o episódio em agosto, Maduro voltou a pedir alerta a representantes da classe militar diante da “conspiração oligarquia” promovida pelo presidente Duque.
“Alerto a nossos militares: máxima moral, máxima lealdade e máximo compromisso frente à conspiração oligárquica colombiana do governo de Iván Duque. Máxima coesão, máxima preparação”, completou.
Início conflituoso
Desde que assumiu como presidente, no dia 7 de agosto, Iván Duque já apresentou críticas ao governo Maduro, inclusive concordando em “manter pressão” contra a Venezuela, em sintonia à fala do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, com quem conversou em setembro.
A última polêmica entre os dois chefes de governo ocorreu no último sábado (29/09), quando Duque recusou a proposta de Maduro para que os dois participassem de um debate televisivo a fim de falar sobre as duas nações.
Em reposta ao convite, o político colombiano disse que a situação “não é uma campanha eleitoral” e manteve sua posição contrária à administração de Maduro.
“Isto não é uma campanha eleitoral. Eu sou presidente da Colômbia e é por onde vou defender minha nação. Expresso solidariedade aos irmãos venezuelanos e os seguiremos recebendo com braços abertos”, disse.
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