O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, pressionou o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, a “moderar os tons” depois de o premiê se envolver em diversas polêmicas nas últimas semanas, publicaram jornais italianos neste sábado. O polêmico premiê, magnata da mídia nacional e homem mais rico do país, figura em escândalos sexuais, conflagrou brigas com a imprensa, ganhou o desprezo de setores católicos da política italiana e perdeu apoio entre parceiros da União Européia (UE).
Napolitano, diz a edição do “La Stampa” deste sábado, sugeriu a Berlusconi “moderação e equilíbrio”, especialmente em relação aos meios de comunicação. O “Il Corriere della Sera” afirma que o presidente pediu ao primeiro-ministro que alivie o atual clima de tensão para poder governar. Na Itália o cargo de presidente é apenas cerimonial.
Berlusconi anunciou recentemente vários processos contra jornais italianos (entre eles “La Repubblica” e “L'Unità”, além de estrangeiros) por conta de artigos sobre sua vida privada e escândalos sexuais, inclusive com registro em fotografias e declarações de mulheres que afirmam ter mantido relações sexuais com ele.
Além disso, criou polêmica na UE depois de pedir que não sejam os porta-vozes dos diferentes comissários europeus, mas sim o presidente da Comissão e seu próprio porta-voz, os únicos a se expressarem publicamente a respeito dos governos dos países do bloco.
Seu nome também se viu na disputa entre Dino Boffo, diretor do jornal católico “Avvenire”, e seu colega do diário “Il Giornale”, propriedade da família Berlusconi. Um editorial questionou a opção sexual de Boffo e o ligou a um suposto caso de assédio à esposa de um homem com o qual ele teria tido uma relação amorosa. Os envolvidos negaram as acusações.
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