O presidente do Parlamento da Líbia, Nouri abu Sahmin, ratificou Ahmed Maitiq como primeiro-ministro líbio, após o presidente interino da Assembleia Legislativa, Azeldin al Awani, ter invalidado a votação na qual Maitiq foi eleito chefe de governo.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (05/05) na página oficial do parlamento líbio, mas com data de domingo (04/05), é informado que “Ahmed Omar Maitiq foi nomeado presidente do governo transitório, e recebeu a incumbência de formar seu governo e apresentá-lo ao Congresso Nacional para um voto de confiança em um período não superior a 15 dias”.
Awami, primeiro vice-presidente do parlamento, que ontem comandou a sessão do parlamento devido à ausência de Sahmin, desprezou a última votação na qual Maitiq foi escolhido novo chefe de governo com 121 votos.
A votação gerou uma nova crise em um país imerso em uma estagnação política devido às divergências entre seus dirigentes e incapaz de efetivar sua autoridade em vários pontos do país.
Ontem à noite, Awani, em mensagem enviada ao primeiro-ministro interino Abdullah Al-Thani, que apresentou sua renúncia em 13 de abril, assegurou que na última votação válida Maitiq só tinha obtido 113 votos, sete a menos do que o necessário para ser designado chefe do governo.
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Na nota, o presidente interino da Assembleia Legislativa solicitou a Thani que continuasse à frente do governo até que se procedesse a escolha do novo primeiro-ministro. No entanto, o presidente da Assembleia desautorizou Awami e confirmou a eleição de Amitiq, que após a polêmica sessão jurou seu cargo.
Em uma audiência caótica e repleta de divergências e discussões entre os parlamentares, foi realizada ontem uma primeira votação, na qual Maitiq alcançou 71 apoios e seu oponente, Omar al Hasi, 43, enquanto outros 36 legisladores votaram em branco.
Em seguida, foi convocada uma segunda sessão, na qual Maitiq, um empresário de 43 anos formado no Reino Unido, conseguiu 113 votos, abaixo dos 120 necessários para ser designado primeiro-ministro.
A segunda votação foi seguida de uma grande confusão devido a uma discussão entre vários parlamentares, especialmente os integrantes da Aliança Força Nacional, que se retiraram por considerar que a audiência tinha acabado.
No entanto, posteriormente se propôs uma terceira rodada de voto, na qual Matiq obteve 121, número suficiente para receber a incumbência de formar um novo governo em duas semanas.