O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, condenou nesta segunda-feira (16/06) o suposto sequestro de três adolescentes israelenses e pediu às partes envolvidas que contenham a escalada de violência. Os jovens estão desaparecidos desde quinta (12), quando foram vistos pela última vez em uma estrada da Cisjordânia.

Agência Efe

Imagem cedida pela família mostra jovens que supostamente foram sequestrados na Cisjordânia

“Condeno a sequência de fatos durante a última semana, começando pelo sequestro de três jovens israelenses e concluindo pela cadeia de violações” por parte de Israel durante a operação de busca na Cisjordânia, afirmou Abbas em um comunicado divulgado hoje pela imprensa palestina.

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Horas antes, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, telefonou a Abbas para pedir colaboração na busca pelos jovens. Israel acusa o Hamas pelo sequestro e afirma que a ANP tem responsabilidade pelo destino dos jovens. “Os sequestradores vieram de território controlado pela Autoridade Palestina e retornaram para território controlado pela ANP”, disse.

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O parlamento israelense pediu hoje que a ONU faça parte dos esforços para encontrar os estudantes. Porta-vozes do Hamas rechaçam as acusações a respeito do sumiço dos adolescentes e disseram que elas servem apenas para enfraquecer os esforços de reconciliação palestina.

Ações israelenses

Com a justificativa de procurar os estudantes desaparecidos, Israel iniciou uma operação de busca com foco principal na cidade de Hebron, na Cisjordânia. Em quatro dias, pelo menos 150 palestinos foram presos. Um jovem de 20 anos foi morto em Ramala, na Cisjordânia, e três palestinos foram feridos em Gaza por bombardeios de helicópteros de combate de Israel.

Fontes oficiais palestinas afirmaram que entre os detidos se encontram Aziz Dweik, presidente do Conselho Legislativo Palestino (parlamento), e Hassan Youssef, antigo porta-voz do Hamas, considerado um de seus líderes espirituais e parlamentar residente em Ramala.

“Prender 80 deputados do Hamas, líderes e estudantes na Cisjordânia é uma agressão israelense e reflete o estado de confusão da ocupação”, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, ao pedir a intervenção da comunidade internacional contra o que chamou de crimes.

Na Faixa de Gaza, três palestinos ficaram feridos, entre eles uma criança de três anos, nos últimos bombardeios aéreos realizados por helicópteros de combate israelenses ontem. Durante a madrugada, foram atacados seis alvos que supostamente seriam centros de treinamento do Hamas e da Jihad Islâmica, segundo fontes médicas e testemunhas.

De acordo com Israel, os ataques são uma resposta ao disparo de foguetes procedentes de Gaza contra o sul de Israel realizado na noite de ontem.