O presidente russo, Dmitri Medvedev, atribuiu a falhas de segurança o atentado de segunda-feira (24/01) que deixou ao menos 35 mortos em Moscou, no principal aeroporto do país. Além disso, Medvedev exigiu demissões no Ministério do Interior, encarregado da segurança nos transportes.
“Ordeno ao ministro do Interior que proponha demissões ou outras medidas para os responsáveis da segurança no transporte”, declarou Medvedev ao reunir-se com o estado maior do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB), segundo a agência Efe.
Um dia depois da explosão, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, que tem as marcas das ações dos rebeldes separatistas da região do Cáucaso. Pelo menos oito estrangeiros estão entre os 35 mortos.
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“É inacreditável que uma quantidade tão grande de explosivos tenha sido trazida para o terminal. Essas autoridades responsáveis pela segurança do Domodedovo devem ser punidas por suas decisões. Isso é um ataque terrorista, uma tristeza, uma tragédia”, afirmou o presidente russo.
A explosão aconteceu na área de desembarques internacionais, aberta a pessoas sem passagem. Segundo o porta-voz do aeroporto, Sergei Martirosian, as revistas nesta área são de responsabilidade da polícia de transportes e não do serviço de segurança do terminal. O local do ataque não tinha detectores de metal, que foram instalados após o atentado.
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Investigação
O presidente Medvedev ordenou que a segurança fosse reforçada em todos os aeroportos do país e que fosse criada uma comissão de inquérito para apurar o caso.
“Depois de episódios similares (em referência a atentados prévios), criamos legislação apropriada. Temos que checar se ela foi aplicada, porque obviamente houve lapsos (de segurança). Temos que chegar a fundo disso”, disse o presidente. Ele, porém, admitiu que a pobreza, a corrupção e os conflitos no norte do Cáucaso são os maiores problemas internos da Rússia.
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