Apesar de a previsão da Cepal para 2010 ser positiva e apontar para um cenário cada vez mais distante da crise econômica mundial, para 2011 o cenário é distinto, pois a entidade afirma que ainda há incertezas sobre o desempenho da economia mundial a médio prazo. A previsão de crescimento para a região da América Latina e Caribe no ano que vem é de 3,9%, contra os 5,2% previstos para este ano, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (21/7) em Santiago.
Com a exceção de alguns países – entre eles Chile e, principalmente, Haiti, que estão se recuperando de terremotos de grande impacto -, está prevista uma desaceleração generalizada das economias em 2011, que afetaria mais a América do Sul. O cálculo é de a taxa de crescimento passe de 5,9%, em 2010, para 4,3%, em 2011.
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De acordo com o estudo, a crise de algumas economias da Europa pode ter repercussão negativa nas exportações latino-americanas. As remessas de dinheiro que o Equador recebe da Espanha, por exemplo, representam 3% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.
Continuam ainda a preocupação com as economias do Caribe, que têm um nível alto de endividamento e, portanto, estão mais vulneráveis. Lá, o endividamento chegou a 50% do PIB em 2009, mas, em alguns caos, é ainda maior, como em Granada (83%) e Barbados (93%).
Seguir no caminho
Estima-se que a desaceleração comece já no segundo semestre de 2010. Para a Cepal, o resultado será positivo em 2011, mas em proporções menores. O PIB por habitante deve ser de 2,6%, ante 3,8% em 2010.
Diante deste cenário, economistas da Cepal recomendam que os países mantenham as políticas públicas atuais, não apenas voltadas para o social, mas também para a macroeconomia.
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