O primeiro grupo de ciganos deportados pelo governo francês embarcou hoje (19/8) em Lyon rumo à capital da Romênia, Bucareste. A deportação de ciganos faz parte de um conjunto de medidas recentes adotado pelo presidente Nicolás Sarkozy e criticado por grupos de direitos humanos e pelos governos da Romênia e da Bulgária, destino dos deportados.
Os ciganos que viajaram hoje, entre os quais mulheres e crianças, chegaram sob escolta policial em dois ônibus e logo embarcaram em um vôo comercial da companhia romena Blue Air. Segundo o Ministério de Interior romeno, um total de 93 ciganos serão repatriados hoje. O ministro de Interior da França, Brice Hortefeux, precisou que espera retirar um total de 700 ciganos em situação irregular.
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Efe
Famílias de ciganos esperam ser deportadas para a Romênia, em Lyon
O presidente romeno Traian Basescu declarou que “o que está ocorrendo em Paris”, com a expulsão de ciganos, “prova a necessidade” de um programa europeu de integração, uma demanda já formulada pela Romênia desde 2008.
Acampamentos
Os ciganos, ou “roma”, como preferem ser chamados, foram beneficiados, segundo o governo francês, por meio do programa de ajuda ao retorno. Nele, os cidadãos ganham bilhetes de avião no valor de 300 euros para adultos e 100 euros para crianças.
Paris insiste em dizer que as deportações são “voluntárias”. Entretanto, grupos de direitos humanos afirmam que a iniciativa é racista e desumana. O próprio Sarkozy deu ordens para que os acampamentos fossem destruídos em um prazo de três meses.
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