O primeiro-ministro da Líbia, Ali Zidan, foi sequestrado na madrugada desta quinta-feira (10/10) por um grupo de seguranças armados supostamente ligado ao Ministério do Interior do país. O dirigente de 48 anos foi libertado após oito horas detido pelos sequestradores. O anúncio foi feito pelo porta-voz do governo, Mohammed Yehia Kaber, à agência de notícias líbia WAL.
Leia mais:
EUA defendem operação que deteve em território africano líbio suspeito de terrorismo
Agência Efe
Primeiro-ministro da Líbia, Ali Zidan, em julho deste ano: ficou oito horas sequestrado por seguranças do Ministério do Interior
“O primeiro-ministro foi libertado e se encontra em bom estado de saúde”, disse o porta-voz. Kaber explicou, no entanto, que Zidan não foi solto pelos sequestradores. Há, então, uma possibilidade não confirmada pelo governo de uma ação armada para libertar Ali Zidan.
Mídia local e alguns especialistas em política no Oriente Médio afirmam que o sequestro pode ter sido uma represália ao sequestro de Abu Anas al Libi, acusado de organizar em 1998 atentados contra as embaixadas dos EUA no Quênia e Tanzânia e personalidade importante da conjuntura política do país.
Na ocasião, alguns meios de comunicação local ligaram o sequestro de Abu Anas al Libi à colaboração do governo líbio com Washington.
Leia mais:
Turquia “pagará caro” por apoio a terroristas, afirma Assad
Segundo informações da Agência Efe, antes da ação que libertou Ali Zidan, o Executivo líbio exigiu o fim do sequestro em comunicado lido pelo ministro da Justiça, Salah al Margani, em rede nacional. “Os sequestradores têm que assumir a responsabilidade legal, moral e nacional da segurança pessoal do primeiro-ministro e a obrigação de libertá-lo imediatamente”, disse Margani.
NULL
NULL
Na mensagem, o governo pediu unidade de todas as forças políticas e civis e assegurou que a situação de segurança na Líbia “está sob controle”. Margani explicou que o primeiro-ministro foi sequestrado no começo da manhã no hotel Coríntia, em Trípoli, por um grupo de homens armados a bordo de 15 veículos.
Leia mais:
“EUA são o pior inimigo da democracia nas Relações Internacionais”, diz filósofo italiano
O corpo de segurança conhecido como “A luta contra o crime”, formado por antigos rebeldes e dependente do Ministério do Interior, reivindicaram o sequestro e explicaram que se tratava de uma detenção. Segundo os autores da ação, o primeiro-ministro ameaça a segurança do Estado.