O chefe do governo palestino, Rami Hamdala, apresentou nesta quinta-feira (20/06) sua renúncia por diferenças sobre o alcance de seus poderes, informou a agência independente Maan. A decisão foi tomada apenas 14 dias após ele ser juramentado no cargo.
“O novo primeiro-ministro apresentou sua renúncia ao presidente Mahmoud Abbas por diferenças sobre sua jurisdição e autoridade e sobre o alcance de suas competências”, disse a agência.
A publicação afirmou ainda que não está claro se o presidente aceitou a renúncia. Abbas encarregou em 2 de junho o acadêmico Hamdala da formação de um novo executivo palestino para substituir o liderado por Salam Fayyad, que renunciou em abril.
O novo chefe de governo e sua equipe juraram o cargo no dia 6 de junho, há exatamente duas semanas, durante as quais o gabinete realizou duas reuniões ministeriais.
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Em um dos poucos atos que participou neste período, uma visita à Esplanada das Mesquitas, no território palestino ocupado por Israel de Jerusalém Oriental, o primeiro-ministro se comprometeu a fazer da situação em Jerusalém Oriental uma prioridade para seu governo.
O Executivo de Hamdala foi claramente estruturado com membros do partido nacionalista Fatah, com 24 ministros e dois vice-primeiros-ministros. Este é décimo quinto Executivo desde o nascimento da ANP (Autoridade Nacional Palestina), em 1994, após a assinatura dos Acordos de paz de Oslo.
Hamdala, que antes de assumir seu cargo foi reitor da Universidade La-Najah, na cidade de Nablus (Cisjordânia), é formado em linguística pela Universidade de Manchester (Reino Unido).
Sua renúncia é um novo revés para a ANP, imersa em uma profunda crise econômica e de credibilidade perante seus cidadãos e que mantém um duro enfrentamento com o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
(*) com agência Efe