Entre as quatro cidades candidatas à cidade-sede das Olimpíadas de 2016, Chicago se apresenta como uma das líderes nas casas de aposta, ao lado do Rio de Janeiro.
Com um relatório considerado de “alta qualidade” pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), os norte-americanos devem buscar cerca de 1,8 bilhões de dólares em patrocínios, sem falar que 15 dos 31 locais previstos na competição já estão construídos.
Assim como acontece no Japão, outra razão que marca o favoritismo dos Estados Unidos é o compromisso de adotar medidas ecológicas para os jogos, como por exemplo usar apenas energias renováveis e geradores de energia movidos a biocombustíveis. Ainda segundo o projeto, 85% do material deve ser reutilizado ou reciclado após a competição.
Torcida contra e a favor
Em Chicago, 67% da população apoia a iniciativa, porém a aprovação cai para 61% quando se leva em conta toda a população do país. Os opositores à candidatura de Chicago criaram até um site contrário à realização dos Jogos nos Estados Unidos (http://nogames.wordpress.com/).
Outro ponto fraco da candidatura norte-americana é que, não faz muito tempo, mais exatamente em 1996, o país realizou uma Olimpíada em seu território, em Atlanta. Neste ponto, vantagem para o Brasil: nunca houve tal competição na América do Sul.
O COI também já demonstrou preocupação com o trânsito característico da cidade e a deficiência no sistema de transporte público.
Representantesde peso
Para fazer o lobby de Chicago, foram a Copenhage nomes como Oprah Winfrey, a mais popular apresentadora de tevê dos Estados Unidos, e a primeira-dama, Michelle Obama. O presidente norte-americano, Barack Obama, decidiu de última hora participar do evento e chega amanhã para presenciar a última apresentação do comitê e a divulgação do resultado.
Vinte desportistas norte-americanos vinculados a Chicago ou com os Jogos Olímpicos desfrutaram hoje do protagonismo absoluto na última sessão pública desta candidatura antes da eleição da sede.
Nils Meilvang/EFE(30/09/2009)
Michelle Obama chega a Copenhage para acompanhar decisão
Algumas intervenções acabaram em lágrimas, como a da desportista paraolímpica Linda Mastandrea, que lembrou que sempre sentiu os Jogos como algo alheio até que na Universidade de Illinois descobriu o basquete em cadeira de rodas.
O ex-jogador de basquete Dikembe Mutombo (atleta congolês que ganhou cidadania norte-americana) acrescentou que os Estados Unidos “representam pessoas de muitas partes do planeta” e se definiu como “porta-voz da comunidade”.
Os desportistas coincidiram em que Chicago tem “méritos próprios” para impor-se na eleição de amanhã a Tóquio, Rio de Janeiro e Madri e agradeceram o apoio do casal Obama. “Não estão aqui porque sejam de Chicago, mas porque acreditam no projeto de Chicago”, afirmou Bart Conner, ex-ginasta ganhador de duas medalhas olímpicas.
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