O Procurador-Geral do Egito, Mustafá Suleiman, criticou nesta terça-feira (03/02) uma série de decisões tomadas pelo governo do país durante os últimos dias do regime de Hosni Mubarak (1981-2010). A exposição foi feita durante uma nova audiência do processo contra o ex-presidente.
Um dos advogados da acusação, Ashraf Atwa, disse que o procurador-geral lembrou do agravamento “da situação social, política e econômica no país; da tentativa de Mubarak de passar o poder a seu filho Gamal; e do uso por parte do Ministério do Interior da força excessiva contra os manifestantes”.
Segundo a mesma fonte, as alegações da procuradoria, que continuarão na quarta e depois na quinta-feira, estão divididas em duas partes: uma para as acusações relacionadas com o assassinato de manifestantes e outra para os supostos casos de corrupção cometidos pelo antigo regime.
Mubarak, de 83 anos, está sendo processado junto com seu ex-ministro do Interior Habib al Adli e seis de seus ajudantes, por um suposto envolvimento na morte de centenas de manifestantes que saíram às ruas do Egito desde o dia 25 de janeiro para pedir a saída do presidente, que finalmente renunciou no dia 11 de fevereiro.
Além disso, Mubarak é julgado por um suposto delito de corrupção com seus filhos, Gamal e Alaa. Todos os acusados compareceram às sessões. Debilitado, o ex-presidente foi transportado de maca, e portava óculos escuros.
Nesta terça-feira, a corte decidiu concluir a fase probatória do processo e escutar as alegações da acusação e da defesa como último passo antes de ditar sentença.
O julgamento estava suspenso desde o dia 30 de outubro por uma reivindicação dos advogados da acusação, que pretendiam recusar os juízes encarregados do caso. No entanto, o pedido foi rejeitado e o processo contra Mubarak acabou retomado no dia 28 de dezembro.
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