O presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou neste domingo (1º/8) que serão reduzidos os empregos estatais e que se ampliará o emprego por conta própria. Em seu discurso na Assembleia Nacional, Raúl Castro ressaltou que a unidade da revolução e de sua direção hoje é “mais sólida do que nunca” e reafirmou que o caráter socialista do sistema político e social de Cuba é “irrevogável”.
O presidente disse no parlamento cubano que a reunião ministerial dos dias 16 e 17 de julho definiu um conjunto de medidas. Em uma primeira fase, no primeiro trimestre de 2011, será modificado o tratamento de trabalho e salarial dos trabalhadores estatais “disponíveis”, serão cortados “enfoques paternalistas que desestimulem a necessidade de trabalhar” para reduzir “despesas improdutivas”.
Outra decisão é ampliar o trabalho autônomo com a eliminação de várias proibições vigentes, para outorgar novas formas, a comercialização de algumas produções e a flexibilização dos contratos de trabalho. O empreendedor contará com um novo regime tributário para garantir que o setor contribua para a previdência social e abone impostos sobre receitas pessoais, vendas e contratação de trabalhadores.
Raúl Castro assegurou que “ninguém ficará abandonado à própria sorte” e que “o Estado socialista dará o apoio necessário para uma vida digna”. Mas advertiu que “é preciso apagar para sempre a ideia de que Cuba é o único país do mundo em que se pode viver sem trabalhar”.
Sem cisões
Antes de fazer os anúncios, Raúl Castro criticou as “campanhas de imprensa” que distorcem a realidade de Cuba e que “anteciparam com estridência o anúncio de supostas reformas no sistema econômico e social e a aplicação de receitas capitalistas para canalizar a economia”.
“Alguns inclusive se atreveram a descrever a existência de uma luta entre tendências na direção da revolução” reprovou o presidente cubano. Raúl reafirmou que Cuba atualizará seu modelo econômico ao seu ritmo, com responsabilidade e sem improvisações.
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