Centenas de imigrantes vindos do norte da África foram repatriados após permanecerem retidos por seis dias em dois barcos atracados nos portos de Palermo e Porto Empedocle, na Sicília. As informações foram divulgadas pela organização humanitária MSF (Médicos Sem Fronteiras). Segundo Francesca Zuccaro, responsável de projetos de migração da organização na Itália, os imigrantes começaram a ser repatriados nesta quinta-feira (29/09).
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Durante seis dias, os africanos ficaram presos nos barcos e, segundo a MSF, nenhuma organização humanitária independente teve acesso ao local. A MSF declarou ainda que os imigrantes, provavelmente, ficaram também dias e até semanas em Lampedusa, presos.
Nas fotos, divulgadas pela organização, os imigrantes aparecem atrás das janelas dos barcos com cartazes que pedem por liberdade. Em outra imagem, um dos imigrantes mostra as mãos algemadas.
Entre os imigrantes, há tunisianos, cujos pedidos de asilo são negados na grande maioria dos casos. Isso porque um acordo entre a Tunísia e a Itália prevê que os imigrantes do país africanos são considerados ilegais ao desembarcarem dessa forma em território italiano.
Já as pessoas que chegam da Líbia são enviadas a centros abertos para solicitar asilo. A MSF apelou por mudanças na delicada situação. “Apelamos por uma transparência maior na futura gestão de acolhimento a imigrantes e refugiados procedentes da Líbia e Tunísia”, declarou.
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