Se o escritório da sua empresa fica no Rio de Janeiro, com certeza você já sabe: é a cidade mais cara da América Latina para se alugar pontos comerciais, segundo estudo da firma Cushman & Wakefield.
O Rio de Janeiro ficou na 24ª posição na colocação geral, uma abaixo em relação à sondagem do ano anterior, mas superando São Paulo, antes a mais cara da América Latina. As outras cidades da região mencionadas são Buenos Aires (40º lugar), Bogotá (42º) e Cidade do México (45º).
De acordo com o relatório global “Espaço Comercial ao Redor do Mundo”, com base em pesquisas em 202 localidades de 57 países, os aluguéis subiram cerca de 3% em âmbito mundial no ano passado, o menor aumento desde 2004. A América do Sul foi a região onde os aluguéis subiram mais, com crescimento médio de 12% no ano. No extremo oposto ficou a Europa Ocidental, com alta média de 1%.
O estudo assinala que o metro quadrado na capital fluminense chega a custar 612 dólares por ano, ante 452 em Buenos Aires, 413 em Bogotá e 336 na Cidade do México.
O informe assinala que o Rio de Janeiro experimentou um forte crescimento no custo do aluguel de escritórios, superando São Paulo ao registrar uma alta próxima de 30%. Mas o documento acrescenta que, apesar do surgimento de novos locais para a instalação de empresas, o mercado local ainda se caracteriza pela falta de espaço adequado. Já Bogotá registrou uma alta do metro quadrado de cerca de 20%, ante 9% na Cidade do México.
Hong Kong lidera
Londres perdeu o posto de líder, que ocupou por nove anos. Segundo o informe, Hong Kong e Tóquio são agora as duas localidades mais caras, relegando a capital inglesa ao terceiro lugar. O custo do metro quadrado por ano em Hong Kong chega a 2.233 dólares, 4% a menos que no anterior – ante 2.112 em Tóquio, queda de 19%, e 1.797 em Londres, queda de 23%.
Segundo a Cushman, a crise financeira mundial está fazendo com que os aluguéis baixem mais de 16% nas maiores cidades do mundo. enquanto empresas demitem trabalhadores e reduzem o espaço que arrendam.
A pesquisa explica que o impacto da recessão econômica mundial se fez sentir em todos os mercados, embora alguns estivessem em melhor posição para suportar a diminuição da demanda de ocupação de espaço. A expansão das instituições financeiras, em particular os fundos hedge, impulsionou os aluguéis em Londres, mas agora é sentido o impacto total do crédito e da crise bancária. A queda dos aluguéis e a fraqueza da moeda do Reino Unido, no entanto, significam que, para as empresas estrangeiras, Londres é agora mais acessível do que foi durante anos.
Mercado bom para os inquilinos
O gerente-geral da Cushman & Wakefield de Hong Kong, Juan Siu, explica a queda menor na cidade, em comparação com Tóquio e Londres. “Isso se deve principalmente ao fato de Hong Kong ter taxas de espaços vagos comparativamente baixas. Muitos bancos e financeiras ainda não chegaram ao fim do arrendamento e por isso não estudam nem se transferir, nem reduzir o tamanho”. Segundo ele, os aluguéis devem continuar caindo ao longo de 2009, “talvez num ritmo mais rápido que antes”.
Já Elaine Rossall, responsável pela pesquisa, comentou que, em geral, os mercados mostraram comportamento estável na comparação anual, embora com sensível desaceleração no final de 2008. “Os sinais de demanda escassa, somados ao aumento dos níveis de oferta, fazem com que o mercado do aluguel esteja agora a favor dos inquilinos”.
As dez cidades com aluguel mais caro do mundo são:
1. Hong Kong, China
2. Tóquio, Japão
3. Londres, Inglaterra
4. Moscou, Rússia
5. Dubai, Emirados Árabes Unidos
6. Mumbai, Índia
7. Paris, França
8. Damasco, Síria
9. Cingapura, Cingapura
10. Nova York, EUA
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