A Rússia iniciou nesta sexta-feira (17/09) a votação para as eleições legislativas na Câmara Baixa do Parlamento, a Duma e para o governo de nove regiões com um sistema de votação presencial e online. Segundo as autoridades do país, o site usado para o pleito, que segue até o domingo (19/09), sofreu ataques do tipo “DDoS” de endereços registrados nos EUA, Alemanha e Ucrânia.
Um ataque “DDoS” é um ataque de negação de serviço, que significa uma tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis para os seus utilizadores.
“[Nós] lidamos com sucesso com ataques DDoS direcionados e tecnicamente preparados. Não houve degradação e interrupções na operação dos serviços [de votação]. Os dados pessoais dos usuários permaneceram protegidos”, disse o Ministério Russo de Desenvolvimento Digital, Comunicações e Mídia de Massa em um comunicado.
A pasta disse ainda que houve duas ondas de ataques: o primeiro teve como alvo o sistema de monitoramento eleitoral e foi lançado às 8h, (2h, em Brasília), e o segundo teve como alvo o sistema de autenticação de votos e foi detectado às 10h36 (4h36, em Brasília).
@KremlinRussia/Twitter
Presidente russo também votou pelo sistema online
O Ministério também declarou que os ataques foram “definitivamente” organizados e visam impedir a realização de eleições na Rússia.
O sistema segue funcionando com apenas alguns retardamentos em funções. De acordo com o vice-presidente da Comissão Central Eleitoral (CEC), Nikolai Bulaev, a opção pelas urnas física está entre 8% e 12% nesta sexta, e em seis regiões o voto online já teve 48% da afluência.
Quem usou o site para votar foi o presidente do país, Vladimir Putin, que está isolado porque parte de sua equipe contraiu a covid-19.
Além dos cargos gerais, eleitores de três regiões escolherão funcionários de órgãos estatais e 39 parlamentares regionais serão eleitos.
Em declaração na quinta-feira (16/09), o mandatário se manifestou e pediu que os russos “tenham senso cívico de responsabilidade, sensatez e patriotismo” para escolher deputados que “trabalhem para o bem e o bom nome da nossa Rússia querida”.
*Com Ansa e Sputnik