Segunda-feira, 16 de junho de 2025
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A vitória do presidente Vladimir Putin no referendo constitucional, com uma aprovação de 77,92% dos eleitores, foi considerada um “triunfo” e a “prova da confiança” que os russos tem em seu líder, segundo comunicado do Kremlin divulgado nesta quinta-feira (02/07).

Com a finalização da contagem realizada nesta quinta pela Comissão Eleitoral, foi ainda anunciado que 21,27% dos russos rejeitaram a mudança e a afluência às urnas foi de 67,97%. A oposição acusa Putin de manipular os dados.

Entre outras medidas, a reforma na Constituição permitirá que o mandatário fique no poder até 2036 se vencer as eleições de 2024 e 2030. A possibilidade ocorre porque a nova legislação limita a dois os mandatos presidenciais consecutivos. Só que, ao mesmo tempo, ela zera todos os candidatos antes da entrada em vigor da lei.

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Putin, que está no poder há mais de 20 anos alternando os cargos de presidente e de primeiro-ministro, poderá concorrer porque a medida, assim, reinicia a contagem de mandatos.

A reforma constitucional ainda amplia as prerrogativas do presidente, como a nomeação de juízes – e a demissão deles – o que mostra uma interferência clara do Executivo no Poder Judiciário.

Na parte econômica, a reforma inclui uma garantia de pagamento de um salário mínimo nacional e revisão de pensões conforme a inflação anual. Nas questões sociais, o texto inclui o casamento como uma “instituição heterossexual” e o termo “Fé em Deus” na Constituição. 

Resultado permite que presidente fique no poder até 2036 se vencer as eleições de 2024 e 2030; há denúncias de fraude no referendo

Kremlin

Putin venceu referendo constitucional, mas opositores acusam fraude