O sargento Alois Mabhunu estava trabalhando em uma feira internacional de comércio no oeste do Zimbábue quando precisou, com urgência, usar o banheiro mais próximo: o do ditador Robert Mugabe.
No dia seguinte, Mabhunu, cuja função é detetive de homícios, foi preso. Ele permaneceu detido por duas semanas sob a acusação de invadir o espaço particular do presidente, informou o site do jornal britânico Guardian.
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A reportagem conta que os policiais da segurança de Mugabe tentaram impedir Mabhunu de entrar no banheiro, mas ele conseguiu furar o bloqueio e se trancou no local. Instantes depois, o sargento retomou seu trabalho, mas os guardas o denunciaram. O episódio aconteceu no dia 7 de maio na cidade de Bulawayo.
A advogada Beatrice Mtetwa, defensora de direitos humanos, criticou a prisão de Mabhunu, afirmando que pode até existir uma lei que determina que um local é exclusivo do presidente, mas que aquele era um banheiro público. “Eles precisavam ter publicado no diário oficial uma especificação de que aquele deixava de ser um banheiro público. E duvido que fizeram”, questionou.
Mugabe – há 24 anos no cargo – não é conhecido apenas por liderar um dos governos mais corruptos do continente africano. Proteger o espaço que utiliza e seus objetos pessoais é também uma marca registrada.
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