O Senado italiano aprovou nesta quinta-feira (14/07) o plano de austeridade elaborado pelo governo, com 161 votos a favor, 135 contra e três abstenções.
O texto agora será votado na Câmara dos Deputados, sendo que os parlamentares pretendem obter a aprovação completa do plano até o fim desta semana.
O impacto do plano de austeridade, depois das correções do Senado, é de quase 79 bilhões de euros até 2014. Atualmente, a dívida italiana é de 120% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
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O projeto original falava de uma contenção de 1,5 bilhão de euros neste ano, 5,5 bilhões em 2012 e 20 bilhões nos dois anos seguintes, totalizando 47 bilhões de euros.
Os senadores, porém, ampliaram para 23,8 bilhões o valor previsto para 2013 e para 47,3 bilhões de euros o corte para 2014.
O ministro italiano da Economia, Giulio Tremonti, afirmou que a solução para o déficit vem da política, e não do campo financeiro.
“Hoje a Europa tem um encontro com o destino: a salvação não chega das finanças, mas sim da política. No entanto, a política não pode cometer erros. É como o Titanic: nem os passageiros da primeira classe se salvam”, afirmou o ministro.
Tremonti acrescentou que “estamos dentro de um paradoxo: a percepção dos mercados da zona do euro não reflete sua força e os primeiros três lugares entre os países considerados de mais risco são três países europeus”.
O ministro também disse que o plano de austeridade proposto pelo governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi “contém 16 novas ações para o crescimento, como crédito para a pesquisa, contratos para a produtividade e para o turismo”.
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