O ministério do Interior da Tunísia decretou toque de recolher a partir desta sexta-feira (22/01) em todo o território nacional. A decisão vem após após dias de protestos por mais empregos, melhores condições econômicas e por justiça social.
EFE
Grupo de manifestantes tomou ruas de Túnis (capital) para pedir mais trabalhos na nação
Segundo analistas, trata-se da mais forte onda de manifestações no país do norte da África desde 2011, durante as mobilizações da Primavera Árabe, que resultaram na queda do então presidente, Zine El Abidine Ben Ali.
O decreto entrará em vigor a partir das 20h locais (17h em Brasília) e, a princípio, se prolongará até às 5h da manhã.
Segundo um comunicado do governo, esta medida foi decidida depois que várias delegacias de polícia e outros edifícios públicos foram atacados.
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O primeiro-ministro tunisiano, Habib Essid, assegurou que a situação está “calma e atualmente sob controle”, reportou a Agence France-Presse.
A onda de protestos teve início no último fim de semana, quando um jovem desempregado morreu eletrocutado enquanto se manifestava na região de Kasserini (centro-oeste).
A princípio, o toque de recolher ficou restrito a Kasserine, mas o movimento foi se espalhando para toda Tunísia com o passar dos dias, principalmente na capital, Túnis.