A UE (União Europeia) advertiu nesta sexta-feira (09/03) sobre os riscos de uma hipotética intervenção militar na Síria e defendeu a manutenção de sua política de sanções ao governo do país e seus contatos diplomáticos.
Ministros das Relações Exteriores europeus, reunidos nesta sexta em Copenhague, sublinharam a oposição à via armada contra Bashar al Assad, apesar da violência exercida pelo governo contra a população.
O titular das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, garantiu que uma intervenção seria “contraproducente” e pediu que fosse evitado um conflito “em grande escala” porque este poderia ter “consequências desastrosas”.
“Temos duas possibilidades: ou decidimos entrar em um conflito armado, e ninguém está a favor disso, ou a única solução é reunir-se e tentar obter um compromisso”, advertiu o tcheco Karel Schwarzenberg.
Em geral, os ministros defenderam a política de sanções adotada pela UE e vários deles garantiram que a mesma está alcançando o objetivo e abalando a economia do governo sírio.
“As sanções devem morder (economicamente) e acho que isso está acontencendo”, afirmou antes do início da reunião o titular das Relações Exteriores holandês, Uri Rosenthal.
Seu colega dinamarquês, Villy Sovndal, também destacou a eficácia das sanções. Outros, como o finlandês Erkki Tuomioja, consideraram que as medidas contra Damasco são “necessárias”, mas pediram ações de caráter positivo.
“Estamos buscando uma verdadeira solução política”, insistiu o ministro sueco, Carl Bildt. A chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, destacou a “postura absolutamente firme e unida” da UE diante da Síria e o horror frente à violência perpetrada pelo regime.
Os ministros das Relações Exteriores da UE se reúnem nesta sexta-feira e no sábado em Copenhague em um encontro de caráter informal, no qual pretendem afinar a postura da ação diplomática europeia.
O caso sírio não está oficialmente na agenda, mas fontes comunitárias dão por certo que o assunto será abordado, embora não esperem decisões.
Os titulares das Relações Exteriores discutirão o caso sírio em profundidade em sua próxima reunião de caráter formal, prevista para 23 de março em Bruxelas.
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